sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sexo, dinheiro e poder após a renúncia de Bento XVI

                                                   


O influente jornal La Repubblica, na Itália, revelou cenas do relatório explosivo no Vaticano, a pedido do papa, e que culminou com a sua demissão.

Em 17 de dezembro último Bento XVI recebeu um dossiê de quase 300 páginas, dividido em dois volumes, que manteve no cofre do apartamento papal. Foi o relatório completo da investigação sobre o vazamento de documentos roubados do escritório do Papa (os chamados "Vatileaks ') pelos Cardeais Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi. Três cardeais, todos com 80 anos, e que sabe muito bem como a cúria.

O conteúdo deste relatório, ele afirma que o jornal 'La Repubblica', seria devastador. Tanto convenceram o Papa que teve que renunciar para permitir que um papa mais jovem e cheio de energia atinge o Vaticano e se encarrega da limpeza. Porque este relatório revelam lutas de poder, desvio de fundos, homossexuais ...

"Tudo gira em torno da observação do mandamento sexto e sétimo", disse o jornal italiano. "Não cometerás atos impuros", proclama o sexto mandamento, "Não furtarás", diz o sétimo.

O artigo "La Repubblica" e recorda como em 2010, veio à tona um escândalo que traiu a existência de seminaristas que prostituídas, um membro de um coro do Vaticano para servir como cafetão.

A história tinha estrelado por Angelo Balducci, então "Gentiluomo" o Papa e presidente do Conselho Nacional de italianos Obras Públicas. Ele estava sendo investigado por corrupção e juízes picados o telefone. E encontrei tantas vezes falou com um membro do coro da Capela Musical reverendo da Basílica de São Pedro, no Vaticano (um nigeriano chamado Chinedu Thiomas Eheim) que oferecia serviços sexuais para os jovens, incluindo os seminaristas.

"Eu digo apenas dois metros, pesa 97 quilos, é de 33 e é totalmente 'ativo'", afirmou o membro do coro do Vaticano para Balducci, em uma das conversas interceptadas.

Encontros sexuais, ele diz 'La Repubblica' citando a investigação criminal, ocorreu em uma casa de campo nos arredores de Roma, em uma sauna, um centro de beleza, no próprio Vaticano e em um dormitório da faculdade. Este último, de acordo com o jornal, é a casa de Marco Simeão, em Roma, um jovem de 33 anos que acumulou enorme poder à sombra da cúpula de São Pedro, e que até nos últimos dias foi diretor do Vaticano Rai.

'La Repubblica' fala da existência dentro do Vaticano de um "lobby gay". "Uma rede de ligações cruzadas por orientação sexual. Pela primeira vez, 'gay' a palavra foi pronunciada, ler em voz alta um texto escrito, apartamento Ratzinger. E pela primeira vez, falou, embora em latim, a palavra chantagem 'influentiam' ", afirma o artigo na italiano, ecoando o que a comissão de três cardeais teriam exposto o Papa em suas conclusões finais.

Sim para a pílula siguienteLa alemão Conferência Episcopal-a pátria do Papa-aprovado prescrever a "pílula do dia seguinte" nos hospitais católicos para as vítimas de estupro, após o escândalo sobre uma jovem que foi tratado no duas clínicas em Colónia depois de sofrer abuso sexual.

Com a decisão, os bispos continuam a iniciativa do Cardeal de Colônia, Joachim Meissner, que após o recente escândalo autorizou o uso da pílula do dia seguinte, mas com restrições, hospitais católicos em sua diocese.
Máteria publicada: Irene Hernandez Velasco
Viernes, 22 de febrero de 2013





















MUNDO / PAL







 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pagamos caro para termos um péssimo transporte



Transbrasiliana


Veja bem onde chegamos, há muito tempo que eu não  tinha o desprazer de viajar em um ônibus da empresa transbrasiliana. Foi dia 19 de fevereiro por volta das 20hs embarquei em um ônibus da empresa transbrasiliana em Eldorado do Carajás com destino a Belém e logo notamos que não tinha água para beber o banheiro estava  imundo, o ar condicionado não esfriava e ainda estava pingando água. Chegamos à marabá por volta das 23hs, mais as surpresas não terminaram por aí, quando atravessamos a ponte do Rio Itacaiuna o ônibus quebrou, o motorista ligou para oficina e falei com o Sr. Nunes diretor de tráfego, pedi que fosse trocado o ônibus o Sr. Nunes me informou que somente depois que o mecânico se manifestasse aí sim ele iria ver que atitude tomaria, mais logo de cara foi comunicado que a 6ª marcha não estava engatando e além da marcha percebemos que a ignição e toda a fiação estavam expostas. Após  muita pressão o mecânico comunicou que não tinha jeito de substituir o ônibus, em resumo nós chegamos em Belém as 11:20hs minutos quando na verdade nós teríamos que chegar as 7:hs. Fui à ARCON para fazer o registro de todas essas mazelas não tinha ninguém no posto de atendimento, fiquei aguardando e só fui atendido as 14:00hs onde foi registrado a reclamação e ainda estou esperando uma resposta se não vou começa entender que a arcon só fiscaliza vanzeiro?.  
Máteria postada por; JUNIOR CARAJÀS  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Almir José de Oliveira Gabriel

                                                
Filho de Ignácio Cury Gabriel e Palmira de Oliveira Gabriel. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Pará, dirigiu o hospital Barros Barreto e também a Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde. Secretário de Saúde e depois Secretário de Segurança no segundo governo Alacid Nunes (1979-1983) aproximou-se do PMDB em 1982 quando a porção alacidista do PDS confrontou o senador Jarbas Passarinho e apoiou o nome de Jáder Barbalho ao governo do estado levando o candidato Oziel Carneiro à derrota. Como parte do acordo político entre o novo governador e seu predecessor é nomeado prefeito de Belém (1983-1986) em substituição ao empresário Sahid Xerfan que fora defenestrado por Barbalho cinco meses após a posse.[2]
Consumada a coligação PMDB-PDS visando o pleito de 1986 o grupo de Alacid Nunes migrou para o PFL e a coligação já referida venceu as eleições por larga margem com Hélio Gueiros governador do Pará tendo Almir Gabriel[3] e Jarbas Passarinho[4] como senadores aptos a participar da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988. Após dexar o PMDB foi um dos fundadores do PSDB, às vésperas das eleições municipais de 1988.
Escolhido candidato a vice-presidente na chapa de Mário Covas nas eleições presidenciais de 1989 não passou do primeiro turno e em 1990 foi o terceiro colocado na disputa pelo governo do Pará, em um pleito no qual Jáder Barbalho derrotou o petebista Sahid Xerfan em segundo turno.
Em 1994 foi eleito governador do Pará ao derrotar Jarbas Passarinho em segundo turno sendo reeleito em 1998 após derrotar Jáder Barbalho nas mesmas condições.[5] Em 2002 elegeu Simão Jatene como seu sucessor.
Depois de 4 anos afastado da vida pública, voltou à cena política novamente como candidato ao governo do Pará nas eleições de 2006 tendo Valéria Pires Franco como candidata a vice-governadora[6] pela coligação "União pelo Pará".[7] Apurados os votos teve cerca de 44% dos sufrágios, porém o apoio de Jáder Barbalho à então senadora Ana Júlia Carepa (PT), o apoio do então presidente Lula e dissidências na chapa governista foram determinantes para a sua derrota em segundo turno, passando a figurar na oposição ao novo governo.

Governo do estado

Seus dois mandatos à frente do governo do estado foram marcados pelo investimento em infra-estrutura, como o Tramoeste, o novo Estádio Olímpico, a Macrodrenagem, a Alça Viária, o porto de Vila do Conde, entre outros. Gabriel investiu também em obras turísticas. Reformulou a orla do Maçarico, em Salinópolis, e revitalizou diversos pontos turísticos da capital, Belém. Sob seu governo, foram reformados o Forte do Castelo de Belém, a Casa das Onze Janelas, a Catedral da Sé, a Igreja de Santo Alexandre e o Mangal das Garças. Ainda na área turística, o tucano investiu em revitalizações. Transformou o então presídio São José num pólo joalheiro, enviando os presos para penitenciárias do interior. Parte do antigo porto de Belém foi transformada no Estação das Docas, considerado por muitos o cartão postal da cidade.
Foi em seu governo que ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, ação policial que terminou com a morte de 19 trabalhadores ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), sendo pelo menos 10 sem-terra executados, segundo o legista Nelson Massini, que fez a perícia dos corpos. Além disso, mais três sem-terra morreram tempos depois, em consequência das sequelas, e 66 mutilados físicos. O caso teve repercussão nacional e internacional. Contudo nunca se provou qualquer associação do governador Almir Gabriel com o resultado da ação policial, tendo o Ministério Público já se manifestado a respeito, isentando o governador de qualquer responsabilidade criminal. Tampouco seria interessante para o PSDB e outros grupos de mesmos interesses políticos e econômicos aprofundar as investigações que associassem o nome do então governador Almir Gabriel com possível envolvimento na ação truculenta da polícia. Apenas foi mencionado que o Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar".

Notas e referências

  1. Globo (19 de fevereiro de 2013). Ex-governador do Pará, Almir Gabriel morre em Belém (em português). Página visitada em 19 de fevereiro de 2013.
  2. Veja, 3 de agosto de 1983
  3. Eleito com 463.774 votos segundo o acervo online do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
  4. Eleito com 336.041 votos segundo a mesma fonte.
  5. No primeiro mandato o vice-governador era Hélio Gueiros Júnior e no segundo era Hildegardo Nunes, filho de Alacid Nunes.
  6. Valéria Pires Franco disputava a reeleição para o cargo.
  7. Formada por 15 partidos: PSDB, PFL, PTB, PSC, PL, PP, PAN, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV, PRP, PRONA e PT do B

Ligações externas

Wikiquote
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Precedido por
Sahid Xerfan
Prefeito de Belém
1983-1986
Sucedido por
Coutinho Jorge
Precedido por
Carlos Santos
Governador do Pará
1995 - 2003
Sucedido por
Simão Jatene
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Governadores do Pará (1889 – 2013)

Ex-governador do Pará, Almir Gabriel morre em Belém


 

Almir Gabriel, 80 anos, governou o Pará por duas vezes.
Ele estava internado em estado grave em um hospital na capital paraense.

Morre Almir Gabriel, ex-governador do Pará (Foto: Paula Sampaio/ O Liberal)
O ex-governador do estado do Pará, Almir Gabriel, 80 anos, morreu no início da manhã desta terça-feira (19), em um hospital particular de Belém. Ele estava internado em estado grave. A informação foi confirmada pelo Governo do Estado. O corpo de Almir será velado em Belém e enterrado em Castanhal, um pedido do ex-governador.
Os dois mandatos de Almir Gabriel à frente do governo do Pará foram marcados por investimentos em infraestrutura, como o Tramoeste, o novo Estádio Olímpico, a Macrodrenagem, a Alça Viária, o porto de Vila do Conde, entre outros.
O turismo também teve destaque em suas gestões. Sob seu governo, foram reformados o Forte do Castelo de Belém, a Casa das Onze Janelas, a Catedral da Sé e a Igreja de Santo Alexandre. Como governador, transformou o então presídio São José num pólo joalheiro, enviando os presos para penitenciárias do interior. Parte do antigo porto de Belém foi transformada no Estação das Docas.
Seu governo também foi marcado por um dos episódios de violência mais emblemáticos da recente história paraense. Uma ação policial culminou na morte de 19 trabalhadores ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), no que ficou conhecido internacionalmente como o Massacre de Eldorado dos Carajás. Pelo menos dez sem-terra foram executados e outros três morreram em consequência das sequelas. 
Almir Gabriel (Foto: Tarso Sarraf/ O Liberal)Almir Gabriel. (Foto: Tarso Sarraf/ O Liberal)
Saúde
Em 2008, quando residia no interior paulista, Almir Gabriel foi internado na UTI do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo (SP). À época, o problema foi relacionado ao excesso de cigarros e à vida sedentária de Gabriel. Em setembro de 2012, o político foi novamente internado na UTI, agora em um hospital particular de Belém.
Biografia
Nascido na capital paraense em 18 de agosto de 1932, Almir José de Oliveira Gabriel formou-se em medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi diretor do hospital Barros Barreto e também atuou na Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde.
Almir Gabriel foi Secretário de Saúde e depois Secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983).
Em 1982, integrou-se ao PMDB e apoiou Jáder Barbalho, que à época disputava com Oziel Carneiro, do PDS, as eleições para o governo do estado. Posteriormente, Almir Gabriel foi nomeado prefeito de Belém, cargo que exerceu de 1983 a 1986.
Almir Gabriel foi, então, personagem de destaque na coligação PMDB-PDS, que em 1986 venceu as eleições com Hélio Gueiros para o governo do Pará.
Já senador, Almir Gabriel atuou como relator da ordem social na Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988.
Em 1988, Almir deixou o PMDB para fundar o PSDB ao lado de Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.
O político paraense foi escolhido candidato a vice-presidente de Mário Covas nas eleições presidenciais de 1989, e em 1990 foi o terceiro colocado na disputa pelo governo do Pará, em um pleito no qual Jáder Barbalho derrotou Sahid Xerfan, do PTB, em segundo turno.
Em 1994 foi eleito governador do Pará ao derrotar Jarbas Passarinho no segundo turno, sendo reeleito em 1998 após vencer Jáder Barbalho. Em 2002, elegeu Simão Jatene como seu sucessor.
Almir Gabriel durante campanha em 2006. (Foto: Antonio Silva/ O Liberal)Almir Gabriel durante campanha em 2006. (Foto: Antonio Silva/ O Liberal)
Após quatro anos afastado da vida pública, voltou à cena política como candidato ao governo do Pará nas eleições de 2006, tendo Valéria Pires Franco como candidata a vice-governadora pela coligação "União pelo Pará". Almir teve 44% dos votos na primeira etapa do pleito, mas perdeu a disputa no segundo turno para a candidata do PT, Ana Júlia Carepa.
Almir Gabriel apoiou Ana Julia (PT). (Foto: Carlos Borges/ O Liberal)Almir Gabriel apoiou Ana Julia (PT) e Anivaldo
Vale (PTB). (Foto: Carlos Borges/ O Liberal)
Após crises internas com o partido que ajudou a fundar, Almir sai do PSDB em dezembro de 2009. Em 2010, ele apoiou a reeleição da candidata Ana Julia (PT), ao governo do estado. Mas, apesar do apoio do ex-governador, Ana Julia foi derrotada por Simão Jatene no pleito. Em setembro de 2011, Almir Gabriel se filiou ao PTB, partido do então prefeito de Belém, Duciomar Costa.
Almir Gabriel chegou a declarar seu projeto para disputar a prefeitura de Belém no pleito de 2012, e seu nome foi cogitado pelo PTB como sucessor de Costa, que governou a capital paraense por dois mandatos consecutivos.
No entanto, Anivaldo Vale, vice-prefeito de Duciomar, acabou sendo escolhido para a disputa, e teve o apoio político de Almir, mas foi derrotado ainda no primeiro turno.

Gato, medalha e um passado complexo

Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.
Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.
Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Se agrava o estado de saúdo do ex-governador Almir Gabriel

O ex-governador do Pará Almir Gabriel permanece internado em estado grave, com quadro de edema e enfisema pulmonar. O político está hospitalizado desde a última segunda-feira (6) e foi transferido para Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Hospital Geral da Unimed (HGU) na noite de terça-feira (7).
Há alguns anos Almir sofre de problemas pulmonares. O ex-governador foi diagnosticado com enfisema nos pulmões, uma doença degenerativa, que provoca a perda de capacidade respiratória e oxigenação insuficiente, tendo como uma de suas causas a exposição prolongada ao fumo de tabaco. Ele também enfrenta um edema, que representa um acúmulo anormal de líquido nos pulmões, o que leva à falta de ar.
A família não se manifestou sobre o assunto e pediu ao hospital para que não sejam divulgados os boletins médicos referentes ao estado de saúde do ex-governador. 
Almir Gabriel tem 80 anos, é formado em medicina pela Universidade Federal do Pará (Pará) e especializado em cardiologia. Na vida política já foi senador da república, além de prefeito de Belém e governador do Pará. A internação mais recente do político ocorreu em janeiro, quando foi internado...
Máteria postado por: Junior Carajás

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

FILHO DE PEIXE PEIXINHO É

 

 

Renan diz que 'felizmente' não viu denúncia sobre o filho deputadoSegundo jornal, Renan Filho pagou advogados com verba indenizatória.Valor é de pelo menos R$ 190 mil, de acordo com 'O Estado de S. Paulo'.

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (6) que “felizmente” não leu nada a respeito da denúncia publicada no jornal "O Estado de S. Paulo" segundo a qual seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), usou verba indenizatória para pagar advogados em negócios privados.
Reportagem desta quarta de “O Estado de S.Paulo” diz que o filho do presidente do Senado  teria usado recursos da verba indenizatória a que tem direito na Câmara para pagar os advogados que atuam para ele próprio e para Renan Calheiros em causas privadas. A verba indenizatória está à disposição dos parlamentares para ser usada em atividades relacionadas ao mandato.
Segundo a reportagem, escritórios de advogados alagoanos que representam os políticos na Justiça já teriam recebido ao menos R$ 190 mil. Ao jornal, o deputado Renan Filho afirmou que os advogados trabalham exclusivamente na consultoria e assessoria parlamentar.
“Eu não vi ainda [reportagem].  Felizmente não vi”, disse o senador nesta quarta.
Renan Calheiros venceu a eleição para a presidência do Senado na última sexta-feira (1º). O senador concorreu com o apoio da bancada governista no Senado. Em 2007, Calheiros  renunciou ao cargo de presidente da Casa acuado por denúncias de que teria a pensão de uma filha paga por uma grande construtora.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal denúncia  em que acusa o senador de usar notas frias para justificar renda suficiente para pagar a pensão da filha.
A denúncia foi encaminhada para análise do ministro Ricardo Lewandowski, que pode recomendar aos ministros do STF a abertura de ação penal ou arquivamento da acusação. A decisão para dar início ou não ao processo cabe ao plenário da corte, o que ainda não tem data para ocorrer.
Para ler mais notícias do G1 Política, clique em g1.globo.com/politica

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Obama propõe ‘pacote menor’ para evitar cortes automáticos de gastos



Sem acordo sobre orçamento, cortes automáticos começam em março.
'Sequestro' vai afetar gastos domésticos e em defesa.
 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (5), em pronunciamento na Casa Branca, que o Congresso poderá aprovar um pacote menor de reformas tributárias caso não consiga chegar a um acordo completo para evitar cortes automáticos no orçamento do país, previstos para entrarem em vigor em 1º de março.


O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na Casa Branca (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)
“Se o Congresso não consegui agir imediatamente em um pacote maior, acredito que devem ao menos passar um pacote menor de reformas tributárias, que vá adiar os efeitos do ‘sequestro’ por mais alguns meses”, afirmou. “Os cortes vão custar empregos. Não é a coisa certa para a nossa economia, não é a coisa certa para quem está procurando emprego”, apontou.
saiba mais
Em seu discurso, Obama pressionou o Congresso para a aprovação de medidas fiscais, afirmando que “não há motivos” para que milhares de norte-americanos percam seus empregos “porque não conseguimos chegar a um acordo”. “Vimos o impacto que a disfunção política pode causar na nossa economia”, disse ele.
“Nossa economia está na direção certa, e vai continuar assim se não houver mais feridas auto infligidas vindas de Washington”.
'Sequestro'
O chamado "sequestro" dos recursos do governo está previsto para entrar em vigor em 1º de março, caso democratas e republicanos não alcancem um acordo para reduzir gastos e aumentar as receitas do governo. Consiste no corte, automático, de gastos domésticos e em defesa, para evitar que a dívida do país siga crescendo.
A medida foi criada em 2011, quando o Congresso aprovou a ampliação do déficit fiscal do país em US$ 2,1 trilhões. À época, o endividamento chegara ao limite de US$ 14,3 trilhões, e o país corria o risco de dar "calote" caso o limite da dívida não fosse elevado. Mas, em troca, a medida exigia chegar a um acordo até o fim de 2012 para cortar US$ 1,2 trilhão em dez anos. Sem isso, o tal “sequestro automático” de gastos seria ativado.
Os cortes deveriam ter se iniciado em 1º de janeiro – mas foram adiados depois que os partidos chegaram a um acordo parcial que determinou que os impostos permaneçam estáveis para a classe média e aumentem para a população que tem renda entre US$ 400 mil, para indivíduos, e US$ 450 mil, para casais.
Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia.

Dívida pública sobe 7,5% em 2012 e chega à marca dos R$ 2 trilhões

                                  
No ano passado, dívida pública subiu R$ 141 bilhões, diz Tesouro.
Da programação de 2012, R$ 66,1 bi são emissões para bancos públicos.
Governo tem R$ 1,91 trilhão em dívida interna e R$ 91,2 bilhões em dívida externa
A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos interno e externo, subiu 7,55% em 2012, para R$ 2 trilhões, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (5) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
O crescimento da dívida pública no ano passado foi de R$ 141 bilhões. Em 2011, a dívida pública havia registrado o crescimento de 10,17%, ou R$ 172,3 bilhões, para R$ 1,86 trilhão.
Fatores para o crescimento
O crescimento da dívida pública no ano passado está relacionado, principalmente, com a apropriação de juros no valor de R$ 207,9 bilhões.
Mas a injeção de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 45 bilhões em 2012 (incluído dentro das emissões totais de títulos da dívida), além da emissão de R$ 21,1 bilhões para capitalizar o Banco do Brasil (R$ 8,1 bilhões) e a Caixa Econômica Federal (R$ 13 bilhões), também influenciaram o crescimento da dívida no ano passado.
Somente a injeção de recursos nos bancos públicos, por meio da emissão de títulos da dívida do governo, somou R$ 66,1 bilhões relativos à programação de 2012. Além disso, houve a emissão de mais R$ 10 bilhões para o BNDES, em janeiro do ano passado, referentes à programação de 2011. Com isso, as emissões para bancos públicos representam pouco mais de 50% de todo o crescimento da dívida no período – que somou R$ 141 bilhões.
A dívida líquida só não cresceu mais em 2012 porque houve um resgate líquido de papéis (resgates superando as emissões de títulos públicos) no valor de R$ 66,3 bilhões no ano passado, informou o Tesouro Nacional.
Plano Anual de Financiamento
No começo do ano passado, o Tesouro Nacional informou que, para 2012, sua expectativa era de que a dívida pública avançasse entre R$ 83,6 bilhões e R$ 183,6 bilhões, atingindo um patamar entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhões. Deste modo, o crescimento ficaria entre 4,48% a 9,84%. Essa previsão consta no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012. Deste modo, os números do Tesouro mostram que as previsões do PAF foram atingidas.
Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrado um aumento de 7,45% em 2012, para R$ 1,91 trilhão. Em dezembro de 2011, a dívida interna somava R$ 1,78 trilhão. No ano passado, o crescimento foi de R$ 133 bilhões.
Já no caso da dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou um aumento de 9,6% no ano passado, para R$ 91,2 bilhões, contra R$ 83,2 bilhões no fechamento de 2011. Neste caso, o crescimento foi de R$ 7,99 bilhões.
Perfil da dívida
No ano passado, o governo continou sua estratégia de tentar emitir mais títulos prefixados, ou seja, com correção fixa determinada no momento do leilão, o que aumentou seu percentual no total da dívida.
Em dezembro de 2012, o percentual de papéis prefixados somou 41,18% do total, ou R$ 789 bilhões, contra 38,28% no fechamento de 2011, ou R$ 682 bilhões. Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação reduzida em 2012 - seguindo também uma estratégia do Tesouro Nacional. No fim do ano passado, representaram 22,55% do total (R$ 432 bilhões), em comparação com 31,71% no fechamento de 2011 (R$ 565 bilhões).
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 35,48% no fim de 2012, o equivalente a R$ 680 bilhões, contra 29,6% no fechamento de 2011, ou R$ 527 bilhões. Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 0,79% do total no fim de 2012, ou R$ 15,16 bilhões, contra 0,4% no fim de 2011, ou R$ 7,2 bilhões.
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Henrique Eduardo Alves é eleito novo presidente da Câmara dos Deputados




Parlamentar do PMDB recebeu 271 votos e disputa foi decidida no 1º turno
O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) venceu a eleição nesta segunda-feira (4) e é o novo presidente da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito com 271 votos. Júlio Delgado (PSB-MG) teve 165 votos, Rose de Freitas (PMDB-ES) teve 47 votos, e Chico Alencar (PSOL-RJ), 11 votos.
O peemedebista vai substituir Marco Maia (PT-RS) e ficar à frente da Casa por dois anos. É ele quem assume a Presidência da República quando a presidente, Dilma Rousseff, e o vice-presidente, Michel Temer, se ausentarem do País ao mesmo tempo.
Com a eleição de Henrique Alves para a presidência da Câmara, o PMDB vai comandar as duas Casas do Legislativo. Na última sexta-feira (1º), por 56 votos a 18, os senadores elegeram Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado Federal.
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Como no Senado, a eleição da Câmara foi secreta. No entanto, os deputados votaram em 19 urnas eletrônicas espalhadas pelo plenário. Os senadores votaram em urnas de papel.
11º mandato
Henrique Alves era o favorito para o cargo desde o início da campanha. Ele tinha o apoio do PT, que há dois anos fez um acordo com o PMDB. Cada partido presidiria a Câmara por dois anos.
O parlamentar está em seu 11º mandato seguido e é deputado há 42 anos. Não é de hoje que Henrique Alves almeja o cargo de presidente da Câmara e tem propostas polêmicas no Congresso.
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Ele defende, por exemplo, que os salários dos deputados sejam iguais aos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que hoje passa dos R$ 28 mil.
O deputado também já declarou que a Câmara não pode abrir mão da prerrogativa de ter a palavra final sobre a cassação do mandato de deputados condenados no mensalão.
Denúncias
Henrique Alves enfrentou uma série de denúncias nas últimas semanas. Uma empresa de um assessor seu recebeu recursos por meio de emendas parlamentares indicadas por ele. A sede da empresa não tinha fachada e era vigiada por um bode.
Na semana passada, Henrique Alves também passou a ser investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) por repassar R$ 357 mil para duas empresas de aluguel de veículo suspeitas. Ele nega irregularidades em todos os casos.



Senado Federal: poder de meia pataca


Quanto pior, quanto menor, quanto mais nanico, quanto mais comercial for o parlamento, melhor para o Palácio do Planalto
O Senado Federal decidiu. Quer ser aquilo que vem sendo – um poder nanico, reles, de meia pataca. Não creio que exista na história universal algo semelhante ao que passa a constar da biografia de Renan Calheiros: um senador que tendo renunciado à presidência do poder de modo vexatório, por pressão dos colegas, denunciado por conduta indigna, retorna ao posto, cinco anos mais tarde, arrebatando voto e aplauso de setenta por cento de seus pares.

Alguém poderá dizer que não existem mais senadores biônicos, que todos estão lá pelo sufrágio de seus concidadãos. É verdade. O pior é que é verdade. A maioria dos eleitores alagoanos, de fato, não leva muito em consideração as virtudes morais e cívicas de seus escolhidos. Lá, o que mais conta numa campanha eleitoral é a conta a mais que se tenha no banco. Um povo pobre, com o pior índice de desenvolvimento humano, a maior taxa de analfabetismo e o terceiro menor PIB per capita do país tem exigências que não vêm do espírito mas do aparelho digestório. Critique-se, então, as elites alagoanas e não o povo por suas péssimas contribuições ao Congresso Nacional.No entanto, bem diferente é o que acontece quando o Senado, ou melhor, a ampla maioria dos senadores referenda a escolha dos desvalidos e pouco exigentes alagoenses e reconduz Renan Calheiros à presidência do Congresso. O homem da boiada mais valiosa do Brasil tornou-se o terceiro na sucessão presidencial. E veja bem o leitor: os senadores que o consagraram com seus votos secretos e que destapadamente o aplaudiram têm IDH altíssimo, invejável PIB per capita, são alfabetizados e ocupam a tribuna com frases que parecem provir de espíritos elevados. Há cinco anos, narizes torcidos, se retiravam do plenário quando Renan aparecia para presidir a sessão. Negavam-lhe cumprimento, mudavam de calçada. O homem não entrava em casa de respeito. Agora o aplaudem.
Eu me lembro, eu me lembro. Eu me lembro do PMDB que mobilizou o país nos anos 80 com homens da mais elevada estatura moral. Eu me lembro do PT crescendo sem poder nem obras, como partido político de massas, eleição após eleição, tendo como ferramenta de maior serventia o lança-chamas das suspeitas com que – justa e injustamente – fazia arder a honra de seus adversários. Quanto fingimento! E agora, senhores? Tendes os pés enfiados na lama dos maus negócios, depreciais a democracia que outrora desprezáveis, andais com os piores dentre os piores. Aviltais a política, tendes o parlamento a soldo. Para escândalo da pátria, numa expiação às avessas, jogais no precipício as virtudes que ela civicamente reclama.
Renan presidente do Senado serve ao projeto de poder? As ordens do governo serão obedecidas? Então, Renan neles! Quanto pior, quanto menor, quanto mais nanico, quanto mais comercial for o parlamento, melhor para o Palácio do Planalto. Sabem por quê? Porque aquele poder, em tudo que realmente interessa, é igualmente nanico, reles, de meia pataca. Seria incompatível com um legislativo que se desse  o respeito.Fonte: Opinião & Noticia








sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Senado elege Renan Calheiros para presidência



Prometendo "overdose de transparência e controle social", senador assume cargo pela segunda vez. Ele é alvo de investigação da PGR, que o acusa de desviar dinheiro e falsificar documentos
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito nesta sexta-feira (1º) como novo presidente do Senado no biênio 2013-2014. Ele substitui José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado, acumulando a presidência do Congresso, e se tornará o terceiro na linha de sucessão para presidente da República, atrás apenas do vice-presidente da República e do presidente da Câmara dos Deputados.
>> PGR acusa Renan de desviar dinheiro do Senado e falsificar documentos
Em eleição secreta, Renan teve 56 votos. Seu adversário, o senador Pedro Taques (PDT-MT), conseguiu 18. Brancos e nulos somaram 4 votos. Dos 81 senadores, 78 estavam presentes.
Renan Calheiros cumpre seu terceiro mandato no Senado e foi presidente da Casa entre 2005 e 2007, quando deixou o posto em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar a pensão da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Foi absolvido pelo plenário e continuou o mandato de senador, sendo reeleito em 2010.
Em discurso antes da votação, Renan ignorou as denúncias que pesam sobre ele e disse que ética "é obrigação de todos". ÉPOCA divulgou com exclusividade nesta sexta-feira (1º) denúncia da Procuradoria-Geral da União que acusa o senador de forjar notas fiscais para justificar operações lobistas. Renan responderá pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Pena pode chegar a 23 anos de prisão.
Ao tomar posse, Renan fez novo pronunciamento, prometendo uma "overdose de transparência e controle social". "O Senado é uma instituição centenária, imperfeições se acumulam. Os excessos, os erros não justificam de forma nenhuma uma antropofagia instituicional. É corrigi-los e identificá-los todos os dias, como fez o presidente José Sarney". O novo presidente disse ainda que a Casa precisa se atualizar. "Temos agora a oportunidade de modernizar costumes e práticas. O Senado precisa se modernizar, se abrir cada vez mais para a sociedade."

Não é fim do mundo derrubar vetos presidenciais", disse Renan CalheirosRenan fez referência à votação sobre vetos presidenciais. No ano passado, o Congresso viveu um impasse com o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto sobre a nova distribuição dos recursos dos royalties do petróleo. Com a decisão, só contratos futuros entrariam na nova partilha, o que desagradou os Estados não produtores. Parlamentares articularam a derrubada do veto, mas, por decisão da Justiça, a votação só poderia ocorrer após análise de mais de 3 mil vetos parados no Congresso. A resolução do impasse é um dos maiores desafios de Renan no início do mandato. Ele disse que, embora seja filiado a um partido da base do governo, não acredita na "política do fim de mundo". "Não é fim do mundo derrubar vetos presidenciais. Criaremos um breve um novo mecanismo para limpar a pauta de vetos."

O senador apresentou propostas para os dois anos de mandato, como reformas da Casa e criação da Secretaria de Transparência.

Pedro Taques
Mesmo antes da eleição, o senador Pedro Taques, reconheceu-se como perdedor na disputa, mas combatente por mudanças no Senado. O candidato, apoiado pelo PSOL, PSB, DEM, PSDB e por alguns senadores de outras legendas, pediu os votos dos colegas com um discurso poético e crítico à omissão do Legislativo e ao retorno de Renan Calheiros à presidência da Casa. "Eu, anunciado perdedor, comprometo-me perante meus pares e perante todo o país a impugnar esses exageros do Poder Executivo. Será que o anunciado vencedor pode fazer idêntica promessa?"
O senador citou uma petição eletrônica popular que reuniu mais de 300 mil assinaturas contra a candidatura de Renan Calheiros. "Esta candidatura é daqueles que nunca tiveram voz nesta Casa. É dos mais de 300 mil brasileiros que assinaram uma petição eletrônica." No fim de seu discurso, Taques se disse temeroso: "Existem voltas que criam receios, receios de continuísmo, receios de letargia, receios de erros ressurgidos. [...] Não sou especial, não tenho qualidades que cada cidadão brasileiro trabalhador e honesto não tenha também. Eu não temo o próprio passado e, portanto, eu não tenho medo do meu futuro."
Atribuições
O presidente do Senado é responsável por convocar e comandar as sessões da Casa e as sessões conjuntas do Congresso (com a presença de deputados e senadores). Também cabe a ele definir as pautas de votação, o que costuma ser feito em acordo com outras lideranças