terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gato, medalha e um passado complexo

Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.
Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.
Marin tem história marcada por casos constrangedores e complexos
José Maria Marin era quase um ‘ilustre desconhecido’ até assumir o comando da CBF. O fato mais relevante que se tem notícia de sua atuação no futebol antes de presidir a entidade foi o rumoroso caso das medalhas na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012.
Na ocasião ele colocou uma medalha no bolso no momento em que estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians –campeão da competição.
Marin passou a ser chamado de ‘Zé das medalhas’. E desde então se mostra muito irritado quando questionado sobre o tema. Nesta segunda-feira, o colunista do Uol Juca Kfouri (veja publicação) revelou outro caso constrangedor envolvendo o presidente da CBF.
Um vizinho do mandatário da entidade, espantado com o valor de sua conta de luz, pediu que a empresa fornecedora de eletricidade fizesse uma investigação. Ele descobriu que além de sua própria conta também pagava o consumo de energia da casa de Marin.
Ainda segundo o vizinho, Marin ficou muito constrangido com o fato e se prontificou de imediato a regularizar a situação.
O caso das medalhas e do gato são simplórios perto da complexidade do passado de Marin. Ele sempre faz questão de lembrar o seu passado como jogador de futebol do São Paulo, no entanto, nunca se mostra disposto a falar sobre sua atuação política durante a Ditadura Militar.
Marin foi governador biônico de São Paulo e deputado estadual na época dos militares. Alinhado politicamente ao ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, Marin se notabilizou por discursos inflamados contra ‘a visão comunista’ da então direção da TV Cultura.
Uma de suas falas mais contundentes contra a TV Cultura aconteceu em 9 de outubro de 1975, quando o então deputado Marin pede ação das autoridades contra a emissora: “É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas, principalmente, nos lares paulistanos".
No dia 24 de outubro do mesmo ano, Herzog foi convocado pelo Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Rua Tutoia, na Vila Marina. À tarde, segundo as autoridades militares, ele teria se enforcado na cela com o cinto do macacão de presidiário. O caso é conhecido como uma das maiores mentiras do governo militar e a versão de suicídio é amplamente questionada.
A proximidade entre as datas do discurso e da prisão de Herzog fazem de Marin persona non grata para muita gente. Tanto que a Comissão da Verdade pode citar presidente da CBF pela morte de Vlado a pedido do filho do jornalista, Ivo Herzog.
“O maior representante da coisa mais importante que vai acontecer no Brasil do ponto de vista internacional é esse cara, que foi a favor da prisão, tortura e morte daquelas pessoas que simplesmente pensavam de maneira diferente dele e de seus colegas”, afirmou. “Eu e você sustentamos isso na hora em que pagamos nossos impostos.”, declarou Ivo Herzog em uma entrevista coletiva sobre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 2013.
Marin é o comandante da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Definitivamente um homem complexo.

Nenhum comentário: