sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

VEJA O CONTRASTE




                                                                   
Ao longo de mais de uma década de extração de minério em nossa região fica a pergunta: quanto vale as grandes extrações do nosso rico mineiro? onde está todo nosso minero? que já não é mais nosso. Pois hoje, fazendo um balanço de toda reviravolta que aconteceu durante todos esses anos na nossa cidade de Canaã dos Carajás o que é inegável, nós perguntamos a vocês para onde foi toda a riqueza, para onde foi todo esse benefício, foi benéfica para a cidade de Canaã dos Carajás? pois a credito que todo esse burburinho daqui há algumas décadas vai terminar igual a serra do navio, serra pelada e tantas outras minerações que quando o minero acaba os problemas sociais e econômico fica para traz. Os problemas deixados por esses exploradores instantâneas de minério é imensurável e não preciso ir tão longe para ter exemplo Ourilândia do Norte, está sofrendo este problema na pele o comércio não é nem a sombra do que era quando o projeto estava em ativa, hoje para se ter uma ideia o mercado imobiliário está parado quase total o mesmo caso já está acontecendo em Parauapebas. E só para fazer uma comparação há (3) três anos atrás em Canaã dos Carajás, ninguém comprava uma lote sem dar uma entrada de no mínimo de (3.000,00) três mil reais e hoje você já compra um lote sem nenhuma entrada, isso já podemos tomar como uma alerta principalmente para o atual gestor que só falta pedir para o Papa Francisco iniciar o processo de canalização da Vale, porque todos nós sabemos que nenhum gestor que passou por esta prefeitura soube cobrar e exigir o que de direito a cidade de Canaã dos Carajás tem sobre a Vale, para que quando todo essa exploração acabar ela continuará a caminhar com suas próprias pernas, acredito que o  próximo passo do atual gestor Jeová Andrade será começar a dar satisfação a Vale, pois ele acha que a Vale já é quase santa, pois além da falta de compromisso  que a empresa tem com os seus colaboradores e prestadores de serviços que trabalha em seus canteiros, é você dirigir na PA-160 isso vai comprovar o absurdo e o quanto é perigoso trafegar na referida rodovia, mais “que” perigoso é também uma missão quase impossível trafegar a noite e quando está chovendo, a quantidade e a extensão dos buracos é extremamente perigoso, devido a quantidade de carros que trafega principalmente, no sentido Canaã Parauapebas da referida PA, por não ter acostamento o mato está no limite do asfalto, lembrando que temos uma grande quantidade de alunos estudando em Parauapebas na única faculdade mais próxima da nosso rica e pobre cidade.

Para mim é um contraste muito perigoso, lembrando que estamos falando de uma das maiores mineradoras uma das mais importantes minas de minério do mundo. O que falta mesmo gestor a famosa pressão política enquanto a santa pressão não vem nós estamos fazendo a nossa parte que é cobrar.
Fonte Junior Carajás.. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dormir em rede melhora qualidade de sono




Coloridas, com franjas, estampadas e de algodão, de fibras naturais ou fios de náilon. Não importa o modelo da rede. Esta peça tão presente no dia a dia do paraense, tem grande importância no famoso hábito de tirar um cochilo depois do almoço, já que os benefícios da rede à saúde vão além de um simples descanso. Afinal, é científico: dormir em rede melhora inclusive a qualidade do descanso.
Pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, chegaram à conclusão de que o vaivém ajuda a alcançar mais rapidamente o estágio profundo do sono, e ajuda as pessoas a dormir mais rapidamente.
O estudo contou com 10 voluntários do sexo masculino que aceitaram tentar tirar uma soneca tanto em uma cama fixa quanto em uma rede, enquanto seus movimentos cerebrais, oculares e musculares eram monitorados por aparelhos.  Eles dormiram mais rapidamente em uma rede do que na cama fixa e sua soneca de 45 minutos foi mais profunda, segundo estudo publicado na revista Current Biology.
As mulheres foram excluídas do estudo, uma vez que o ciclo menstrual pode afetar a monitoração do eletroencefalograma (EEG), informaram os cientistas.
A rede também teve um efeito prolongado na atividade cerebral, aumentando as oscilações mentais e a irrupção da atividade conhecida como eixos de sono. Estes efeitos são consistentes com uma atividade neuronal mais sincronizada, característica do sono mais profundo, destacou o estudo. 
A COLUNA AGRADECE
Um estudo realizado pelo setor de ortopedia da Universidade do Estado do Pará (Uepa) apontou que dormir em rede pode fazer também à coluna.
A pesquisa foi realizada inicialmente com donas de casa com idade entre 30 e 60 anos, do Bairro da Vila da Barca, em Belém. Público que a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia considera ter o maior número de casos de dor nas costas.
A pesquisa mostrou que a maioria dos pacientes que estão acostumados em dormir em cama foram os que mais relataram casos de dores nas costas. Já as que sentiam dores, mas passaram a dormir em rede, afirmaram ter significativas melhoras.
O estudo ainda considerou as características sociais dos entrevistados, índice de massa corporal (IMC) e o impacto das dores nas costas nas atividades diárias. Os pesquisadores agora pretendem aumentar a pesquisa para 300 entrevistados, para conseguir resultados mais consistentes.
(Jornal O Glogo e Uepa)

Operação Castanheira – Considerado o maior desmatador da Amazônia é preso em Novo Progresso

castanha3Em outra operação com a participação da Policia Federal, Ibama e Força Nacional com objetivo de cumprir três mandados de prisão em desfavor a Ezequiel Castanha, Edivaldo Dalla Riva(Paraguaio) e Geovani Marcelino
Pascoal, foi realizada  neste sábado(21/02) em Novo Progresso.
Dois foram presos, o empresário Ezequiel Castanha e Edivaldo Dalla Riva (Paraguaio), o terceiro , Geovani Marcelino Pascoal (Giovane do HOTEL MIRANDA) não foi encontrado.
            Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Juiz Federal Titular de Itaituba Dr. Rafael Leite Paula.
            O Jornal Folha do Progresso acompanhou todo o desenrolar da operação. Conforme   as informações do coordenador da base do Ibama de Novo Progresso Ademir Guarniero, já existia mandado de prisão preventiva para Edivaldo Dalla Riva(Paraguaio) decretada na Operação Castanheira em Agosto de 2014 , Edivaldo estava foragido, e com a chegada da policia não ofereceu resistência e ficou preso na sede do Ibama de Novo Progresso..
            Ezequiel Castanha, foi encontrado fora do seu domicilio em ambiente de trabalho em uma chácara no bairro Jardim América por volta das 18h00min deste sábado (21), aonde solicitaram para que o mesmo acompanhassem até a sede do Ibama, Castanha também não ofereceu resistência, ao chegar no Ibama foi lhe dado voz de prisão.
            Para prender o empresário Geovani Marcelino Pascoal, foi feito duas buscas, no HOTEL de sua propriedade na avenida Jamanxim , outra em sua residência na avenida Pará próximo do Chopão, a Policia Federal, Ibama e Força Nacional fizeram plantão até a 01:00 da manhã deste domingo (22), Giovane não apareceu.
Guaniero comentou que a esposa de Giovani e seu advogado afirmaram que o mesmo iria se apresentar, a partir de agora Giovani já é considerado um foragido da Policia.
            Essas pessoas são considerados pelo Ibama como desmatadores compulsivos e estão respondendo na justiça por desmatamento em potencial em cometimento de prática ilícita ambiental. Qualquer decisão posterior será dada pela Justiça, finalizou o coordenador da Base do Ibama em Novo Progresso Ademir Guaniero.
            Ezequiel Castanha e Edivaldo Dalla Riva(Paraguaio) estavam presos na sede do Ibama a disposição da Justiça, as 14:30 de hoje(domingo) foram levados de helicóptero pelos agentes federais para o município de Itaituba e posteriormente para a sede da Policia Federal de Santarém.
Operação Castanheira
            A Operação Castanheira foi deflagrada pela Policia Federal em agosto de 2014 , na operação 22 mandados de busca e apreensão, 11 de prisões preventivas, 3 prisões temporárias e 4 conduções coercitivas foram cumpridas, Em Novo Progresso das 11 pessoas envolvidas somente seis forma presos. Considerado chefe da quadrilha, Ezequiel Castanha, conseguiu fugir , chegou ser considerado foragido da justiça Brasileira, procurado pela Interpol , posteriormente se apresentou pagou fiança e foi liberado. Além de Novo Progresso/PA, diligências foram realizadas também em cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
Os envolvidos são considerados os maiores desmatadores da Amazônia brasileira atualmente e foram indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar os 50 anos de reclusão aos condenados.
            Participam da ação 96 policiais federais e 19 servidores do Ibama. O nome da operação é uma alusão à árvore castanheira que é protegida por lei e símbolo da Amazônia, abundante na região de Novo Progresso.

Por: Redação Jornal Folha do Progresso

Fotos: Juliano Simionato

O Pará é um estado rico. Vê-se pelos salários dos seus juízes

Blog do Manuel Dutra

Um trabalhador no rés do chão ganha hoje um mínimo de R$ 788,00. Um professor de escola fundamental tem um piso (muitos municípios nem isso pagam) de R$ 1.917,78. Nas universidades federais, um cientista, titular (professor, pesquisador) com cerca de 20 anos de atividade e já no topo da carreira, percebe R$ 17.057,74.

Já o professor-doutor iniciante recebe R$ 10.007,24. Na magistratura paraense os juízes do Estado entraram o ano de 2015 com um novo salário que vai de R$ 30.471,11 (desembargador) até R$ 21.198,40 (pretor do interior). Nada mal que um juiz seja bem remunerado, dadas as suas grandes responsabilidades. O que intriga é a diferença, a desigualdade que não é privilégio do Pará, é uma realidade nacional, que estarrece observadores de países ditos desenvolvidos.

Acima, tabela dos novos vencimentos dos juízes do Estado do Pará

Abaixo, tabela 2012/2015 dos cientistas e docentes das
universidades federais


A seguir, a Resolução n. 001/2015-GP do TJE-PA, que reajustou os salários


Aqui o site do TJE, com a Resolução 001/2015 e outras Resoluções

Crise do setor mineral afasta sonho da siderúrgica de Marabá

 Até 2007, poucos meses anates de se deflagrar a crise econômica global, o minério de ferro era comercializado no mercado internacional por valores que oscilavam entre 180 e 200 dólares a tonelada.

Hoje, a tonelada está valendo em torno de 60 dólares. Ou seja, um terço do valor antigo, ou até um pouco menos. E a queda de preços está longe de ser um fenômeno que afeta apenas o minério de ferro.

A queda vem afetando praticamente toda a cadeia mineral, descapitalizando as empresas do setor e já provocando demissões em larga escala, como acontece em Minas Gerais.

No Pará ainda não demissões, mas sua economia e está pagando a vai pagar um preço muito alto pela crise.

Uma das consequências mais visíveis no Estado é a tão decantada obra da siderúrgica de Marabá, que foi muito festejada por aquele município e motivo de muito barulho por parte dos políticos paraenses, quando foi anunciada.

Com a crise, a implantação dessa crise virou um sonho muito distante, cada vez mais longe, quase irrealizável.

A China, aproveitando os baixos preços do ferro no mercado internacional, está fazendo estoques gigantescos.

Quando o preço voltar a subir, os chineses terão matéria prima pra dar e vender e vão continuar a produzir e exportar aço, ditando o preço para o mercado internacional, inclusive para o Brasil.


É a velha história que diz, que quem pode mais, chora menos.

Presidente da Câmara quer o fim do exame da OAB

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasil terá muito trabalho e uma pedreira pela frente, neste ano de 2015. 

É que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende colocar na pauta de discussão, dois projetos que a OAB considera pra lá de inconvenientes.

Um deles é o que pretende acabar com o Exame de Ordem, hoje, obrigatório para quem quer exercer a profissão de advogado, enquanto o outro projeto obriga a Ordem a ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União. 

Por ser uma autarquia federal, conforme a proposta parlamentar, a Ordem dos Advogados do Brasil deve ser fiscalizada pelo TCU, assim como as demais entidades do tipo.

Lava-Jato: MPF se opõe a proposta de Dilma e pede punição para empreiteiras





Procurador ressalta a necessidade de intensificar o combate à corrupção não apenas com foco nas pessoas que cometeram ilícitos, mas também nos organismos que praticam as irregularidades


Rodolfo Buhrer/Reuters - 11/12/14


O coordenador da força-tarefa do Ministério Público na Operação Lava-Jato defende que as empreiteiras sejam punidas integralmente pelos ilícitos de corrupção, superfaturamento, formação de cartel, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Petrobras. O procurador Deltan Dallagnol critica uma ideia corrente no governo, encampada até pela presidente Dilma Rousseff, segundo a qual basta “punir as pessoas” porque as “empresas são essenciais para o Brasil”. “A política da ‘maçã podre’ é danosa para o combate e a prevenção à corrupção”, disse ele, em entrevista ao Correio. “A corrupção não decorre só de fatores individuais, mas também organizacionais. Não queremos só medidas em relação aos indivíduos, mas também às empresas, a aparatos organizados que contribuíram para que isso acontecesse.”

No discurso de posse para o segundo mandato e em 27 de janeiro, Dilma disse ser necessário “saber punir” no caso da Petrobras. “Nós temos que saber punir o crime, nós temos de saber fazer isso sem prejudicar a economia e o emprego do país”, afirmou.

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Alertado de que o discurso dele ia de encontro às ideias defendidas pela presidente da República, Deltan não aceitou o confronto. “Eu não quero aparecer como ‘o procurador que contesta Dilma’. Minha ideia é apartidária”, disse. “Tenho a lei, a sanção prevista na lei, que é constitucional. Essa sanção vai ao encontro dos ideais de combate à corrupção e de melhorar a qualidade de vida da população, nossas condições sociais. E vou buscar isso. Não vou abordar entendimento de outros órgãos”, ressaltou. Deltan deseja que o Executivo mantenha-se aliado no combate à corrupção, enumerando órgãos parceiros, como a Polícia Federal e a Receita Federal .

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PT pedirá ampliação da abrangência da CPI para incluir período FHC






                                                              



Pedido original pede investigação na Petrobras desde 2005.
Partido argumenta que ex-gerente confessou ter recebido propina desde 97.


O líder do PT da Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), anunciou nesta segunda-feira (23) que apresentará um requerimento para ampliar a abrangência da investigação da CPI da Petrobras, a ser instalada na próxima quinta (26), incluindo o período do governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB (1995-2002).
No pedido original aprovado pelos parlamentares, a comissão tem como objetivo se debruçar sobre irregularidades na estatal desde 2005, no pimeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os petistas argumentam que, em seu depoimento de delação premiada, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu que o esquema de corrupção na estatal funcionava desde a década de 1990.
“Vamos apresentar o requerimento à Mesa Diretora da Câmara e, conforme for, também durante os trabalhos da CPI”, afirmou Sibá Machado. O partido guarda ainda na manga um pedido de convocação de Barusco.
O ex-gerente da estatal confessou que começou a receber propina da empresa holandesa SBM em 1997 ou 1998 e que os pagamentos se tornaram sistemáticos no ano 2000, ainda no governo FHC. Em seu depoimento, Barusco acusou o PT de ter recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propina oriunda de contratos da estatal – o partido anunciou nesta segunda que moveu duas ações judiciais contra o ex-gerente.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), também defendeu a ampliação do escopo da CPI para que a apuração seja “ampla, geral e irrestrita”. “CPI não é para apurar contra uma pessoa ou outra. É para apurar tudo e nós queremos que se apure tudo desde 1997”, disse Guimarães.
Sobre a resistência da oposição em aprovar o aditamento, Guimarães respondeu em tom irônico: “Ora, mas não se quer apurar tudo? Quer dizer que só apura numa data? Por que não na outra? Então, não é razoável para quem quer apurar ser contra isso”.
Segundo a Secretaria-Geral da Câmara, porém, não é possível, de acordo com o regimento, a direção da Casa autorizar mudanças em um pedido de CPI já aprovado. Para técnicos da Câmara, o mais viável é aprovar o requerimento de ampliação do período de investigação durante os trabalhos da comissão.

Acordo de leniência pode impedir punição a empresas, dizem entidades

Associações rebateram declaração do ministro da AGU defendendo acordos.
Luís Inácio Adams disse que leniência é solução para pena administrativa.



Entidades que representam auditores de controle externo e procuradores de tribunais de conta divulgaram nota para rebater declaração do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, de que eventuais acordos de leniência com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato não isentariam as empresas de punições na área penal. Por esse tipo de acordo, os colaboradores passam informações em troca de benefícios, como imunidade contra processos e, nos casos da Controladoria Geral da União (CGU), garantia de continuar a participar de licitações do governo.
No texto, as entidades afirmam que os acordos de leniência têm "considerável repercussão penal", pois impedem o Ministério Público de apresentar denúncias na esfera penal, caso sejam firmados antes de o órgão se manifestar. Os acordos na esfera administrativa são de responsabilidade da CGU.
A nota é assinada pela Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (AUD-TCU), a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC), a Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON) e a ONG Contas Abertas.
"No âmbito da Lei Anticorrupção, uma vez celebrado o acordo antes da ação do Ministério Público, fica o juiz impedido de aplicar multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto das empresas, assim como de proibi-las de receber benefícios fiscais e creditícios com dinheiro público", explicam as entidades.
Em declaração publicada no site da Advocacia Geral da União (AGU), o chefe do órgão defendeu os acordos e disse que a leniência é uma "solução para uma penalização administrativa". Para Adams, os acordos de leniência potencializam as investigações.
"O acordo de leniência é uma solução para uma penalização administrativa, não tem nenhuma função na área penal, não isenta o criminoso, não impede a produção de provas. É um instrumento que na verdade potencializa a investigação porque coloca a empresa como agente colaborador para o Estado. Esse é o requisito para o acordo. Se a empresa não colaborar com a investigação, o acordo cai", declarou o ministro da AGU.
Ao responder as declarações de Adams, as entidades representativas defenderam que os acordos não devem ser usados como "instrumento para 'salvar' empresas" investigadas por terem praticado atos ilícitos.
"É importante destacar que o acordo de leniência previsto em uma lei que tem o propósito de combater a corrupção não pode e não deve ser usado como instrumento para 'salvar' empresas acusadas de atos ilícitos praticados contra a administração pública", afirma a nota.
"Assim sendo, o órgão de controle interno do Poder Executivo da União não pode funcionar como 'enfermaria' de empresas acusadas de fraudar o Estado, pois, se assim o for, abre-se caminho para a formação de verdadeiro 'cartel de leniência', o que contraria os propósitos da Lei em questão", explicam as entidades no texto.
No final do ano passado, o Tribunal de Contas de União (TCU) decidiu acompanhar eventuais acordos de leniência, em negociação ou firmados, entre a CGU e empreiteiras suspeitas de envolvimento com irregularidades em contratos com a Petrobras.
Instrução normativa que trata do assunto foi aprovada em fevereiro pelo plenário do TCU. Com isso, os acordos de leniência terão de passar pelo crivo do tribunal de contas.
Representação
No último sábado (21), o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas que atua no Tribunal de Contas da União,protocolou uma representação pedindo a suspensão da competência da Controladoria Geral de União para firmar acordos de leniência com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

Oliveira pediu uma cautelar (decisão provisória) para suspender essa competência da CGU e deixar que as negociações com as empreiteiras sejam feitas apenas no âmbito do Ministério Público Federal.
A representação foi entregue em mãos ao presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e só terá andamento no tribunal na semana que vem. Ainda está indefinido se o pedido será distribuído por sorteio entre todos os ministros do tribunal ou se será enviado ao ministro Vital do Rêgo, que já é relator de casos da Lava Jato no TCU.
O documento foi enviado para o TCU porque é o órgão de controle externo com competência para referendar os acordos de leniência firmados.
Para Oliveira, é preciso independência "para conduzir questões da amplitude e gravidade como essa com que se depara o país da Operação Lava Jato, provavelmente o maior escândalo de corrupção do mundo em todos os tempos".
Ele afirma que só faz sentido um acordo de leniência com a CGU quando a empresa já tiver firmado acordo com o MPF e tiver efetivamente colaborado para a investigação criminal.
Na avaliação do procurador, as empresas podem ficar confusas sobre em que órgão devem firmar os acordos ou agir "como se estivessem em um leilão, escolhendo o acordo que lhes ofereça as melhores condições", o que traria prejuízo ao interesse público.
"Admitir uma ampla possibilidade de celebração de acordos de leniência pela CGU com empresas envolvidas em operações em curso no MPF traz a um só tempo insegurança jurídica para as empresas envolvidas e embaraços aos avanços e possibilidades de sucesso na investigação", escreveu.
Do G1, em Brasília