quarta-feira, 14 de julho de 2010

PMDB ABRE O JOGO DO FAZ DE CONTA






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Ronaldo Brasiliense
Bem, nós cantamos a pedra: o PMDB vai se fazer de morto. E, ao contrário do que disseram o deputado federal Jader Barbalho à excelente repórter Rita Soares, do jornal do PMDB, e o deputado estadual Domingos Juvenil ao antenado repórter Paulo Bemerguy, no blog do Espaço Aberto, o partido não vai entregar os cargos que ocupa no governo da ex-sindicalista Ana Júlia Carepa (PT/DS) coisissima nenhuma.

E ainda tem um racha anunciado À VISTA: o PMDB lançou a candidatura de Domingos Juvenil ao governo do estado. Mas Jader Barbalho disse em comício em município do Nordeste paraense, que seu primo e pupilo, o ex-deputado José Priante, será candidato em outubro ao cargo que quiser, até o de governador. Pelo menos é o que Priante conta. Não sei se acertaram com o zagueiro Juvenil.
O PMDB enfrenta aquele dilema Hamletiano de ser ou não ser. Quer ser oposição ao governo Ana Júlia, lançando candidato próprio ao governo do Pará contra a candidata do PT, mas também quer ser governo e ficar mamando nos cargos que detém na Cosanpa, no Detran, na Cohab, na Junta Comercial, no Hemopa, no terceiro escalão da Sespa e em outros penduricalhos menos famosos. É o melhor dos mundos.
Se o PMDB detém oito ou 300 - como delatou a deputada Bernadete Ten Caten, da tendência PT pra Valer, ou 800 - como propagam os "iluminados" do chamado"núcleo duro" que manda no governo da Ana Júlia, são outros quinhentos cargos. Enquanto o PMDB permanecer com seus cabos eleitorais em secretarias, autarquias e fundações do governo da Ana Júlia, todos vão pensar que essa presepada de o PMDB lançar candidato não passa de um jogo do faz de conta: se permanecer com as mordomias do poder, não dá para acreditar que a candidatura do Juvenil é pra valer.
Afinal, todos sabem, não acredito em Saci Pererê, Matinta Pereira, Papai Noel e nem em Boto que faz mal à moça.

Do blog da repórter Rita Soares
JADER MANDOU COLOCAR CARGOS À DISPOSIÇÃO DO PT. SERÁ?
O presidente do PMDB do Pará, deputado federal Jader Barbalho, chamou os dirigentes de órgãos da administração estadual que foram indicados pelo partido e pediu a eles que coloquem os cargos à disposição do governo imediatamente.
Negou que a legenda (sic) 300 contratados no Estado, conforme anunciou na tribuna da Assembléia Legislativa, líder do PT na Casa, deputada Bernade (sic) ten Caten. “Se eles existirem, sugiro que sejam substituídos por indicados da deputada”, ironizou Barbalho.
Jader contou que ligou para a governadora Ana Júlia Carepa na mesma noite em que anunciou Domingos Juvenil como candidato próprio dos peemedebistas ao governo. Disse que fez isso “por uma questão e cortesia”. Demonstrando bom humor depois dos dias de turbulência no processo de escolha do candidato, disse não acreditar numa guerra suja entre petistas e peemedebistas que, afinal estarão no mesmo palanque nacional apoiando a candidata da do PT à presidência República, a ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Faremos um debate no campo das idéias, e dos projetos”, prometeu.
PRIANTE - Conversei agora há pouco com o ex-deputado peemedebista José Priante, que estaria prometendo bater chapa com o pré-candidato ao governo pelo PMDB, Domingos Juvenil, na convenção de junho.
Perguntei se a informação procedia, mas Priante saiu pela tangente: “Não é nossa tradição (bater chapa em convenção) e não acredito que seja necessário”, disse garantido, contudo, que hoje se considera tão pré-candidato ao governo pelo PMDB tanto quanto Domingos Juvenil.
A certeza de que deverá lutar pela candidatura, disse Priante, teria vindo de conversas com o presidente da legenda no Pará, deputado federal Jader Barbalho, e também com companheiros de partido que teriam prestado apoio à candidatura.
O único empecilho para candidatura de Priante até agora seria o imbróglio em torno do processo de cassação do prefeito de Belém, Duciomar Costa. O resultado está previsto para sair em meados de junho. Caso assuma o município de Belém, Priante desistirá da candidatura ao governo. Caso contrário entrará na disputa pela vaga. “Neste momento, minha candidatura tem mais viabilidade que do presidente Juvenil”, diz. (http://blogdareporter.blogspot.com/)

Do blog do repórter Paulo Bemerguy
DOMINGOS JUVENIL DIZ QUE NÃO É LARANJA
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Juvenil (na foto), lançado na semana passada pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, garante que sua candidatura não é “laranja”, não é apenas para fazer de conta.
Em conversa com o Espaço Aberto por telefone, o deputado assegurou que não acredita na possibilidade de uma disputa na convenção com o ex-deputado José Priante, disse que sua candidatura nasceu das “bases do partido” e confirmou que já está procurando partidos como o DEM, PDT, PR, PTB e outros para formar alianças.
A seguir, a entrevista.
P -A sua candidatura é “laranja”? Ou o senhor entra com pé firme para ganhar a eleição de outubro?
JUVENIL - Claro. Veja bem. O partido não escolheria o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o presidente do Poder Legislativo para fazer uma candidatura laranja. A minha determinação, o meu compromisso, a minha experiência não seriam jogados por terra. Teria eu uma eleição tranquila para deputado federal. Eu já fui três vezes deputado federal, inclusive constituinte. E a minha articulação estava toda pronta para deputado federal. Eu não a jogaria por terra para ser “laranja”. Portanto, a minha candidatura é séria, firme, indeclinável. Nós vamos trabalhar decididamente para ganhar a eleição. Portanto, seria natural que alguém pensasse que uma candidatura que não fosse da Ana Júlia ou do Jatene fosse um candidatura “laranja”. É até natural que no PMDB e em outros círculos se pensasse que qualquer outra candidatura, que não a do Jáder, fosse “laranja”. Poderia ser até natural se pensar isso. Mas no meu caso, não é. E não é por essas razões que eu acabei de lhe falar. Minha candidatura é seria, em defesa do Estado. E tenho experiência administrativa. Tenho experiência de Executivo. Eu sei como administrar.
P - Na reunião entre os deputados estaduais com o presidente do PMDB, Jader Barbalho, o senhor prometeu colocar à disposição do partido uma estrutura para o próximo pleito. Que tipo de estrutura o senhor vai oferecer numa eleição dessas, que, sabemos todos, será uma eleição cara?
JUVENIL - Mas eu não me referi jamais à estrutura financeira. Eu falo da estrutura política, do meu passado político que une regiões enormes. É essa estrutura política construída ao longo dos anos que foi colocada em debate. A estrutura financeira, ela é necessária. Mas vem de colaborações, vem de tudo aquilo que a lei permite. Vem do partido, compreende? Portanto, não se entenda como estrutura financeira. Não, não. A estrutura financeira vem do que o partido proporciona, do que os companheiros proporcionam, as famosas doações legítimas, legais.
P - Se o ex-deputado José Priante resolver bater chapa na convenção para ser o candidato ao governo, o senhor acha que isso pode rachar o partido? Será saudável para o partido? O senhor vai conversa com o Priante? O que é que o senhor vai fazer?
JUVENIL - Não há nenhuma possibilidade de rachar o partido e nem de bater chapa. Porque o candidato não pode ser candidato de si mesmo. Eu sou candidato do partido. O partido se reuniu, decidiu. Se o Priante fizesse isso, o que eu não creio que o fará, ele seria candidato de si mesmo. E o partido não racharia jamais porque o partido tem comando, o partido tem liderança maior, que participou de todos os debates, de todas as discussões. Portanto, não posse admitir uma situação dessa. Agora, é verdade, e isso a gente aprende na vida, que qualquer mudança enfrenta reações. Qualquer situação como esta, por exemplo, de uma candidatura séria como a minha, desagrada aqui, desagrada ali, dentro e fora do partido. Mas o candidato deve ter a capacidade, a paciência, a tolerância para conversar, articular e resolver isso. Não há dúvida: você não faz uma campanha sem ter problemas aqui, ali e acolá. E o meu nome não estava posto. Ele surgiu das bases. Eu não me ofereci. Ele surgiu das bases. A partir daí, eu me ofereci ao partido e coloquei meu nome numa reunião em que tudo foi bem discutido.
P - Deputado, a sua candidatura surpreendeu a todos nós, que especulávamos sobre os nomes do Hildegardo Nunes, do Priante e do deputado Parsifal Pontes como prováveis candidatos do PMDB. E também todos imaginávamos, inclusive aqui o blog, que o senhor estivesse desavindo com o deputado Jader Barbalho, por conta de uma suposta simpatia pelo governo Ana Júlia. Pois nós erramos: o senhor, que não era cogitado, é o pré-candidato; e a sua pré-candidatura demonstra que o senhor tem a confiança da direção do partido. A que o senhor atribui essas especulações errôneas?
JUVENIL - Eu sou presidente de um Poder. E os três poderes do Estado, apesar de independentes – e eu mostrei a minha independência durante esse período -, eles têm a obrigação de preservar a harmonia. E então esta harmonia, o fato de eu receber os secretários, de eu receber a governadora em audiência, o fato de eu ser um homem pacífico pode ter levado a essas conclusões errôneas. Mas nunca que eu estivesse em lado oposto. Nada disso.
P - E as alianças. O senhor vai conversar com quem? A noiva, ao que parece, passou a ser o PR do vice-prefeito Anivaldo Vale. Em que termos o senhor vai conversar com o PR para conquistar o apoio do Anivaldo?
JUVENIL - O PR é muito importante, mas não é só o PR. Nós temos o DEM, o PTB, o PDT, temos toda uma gama enorme de partidos com os quais vamos conversar. Temos o cargo de vice-governador que está em aberto. E vamos discutir mais: espaço político, administração de governo, essas coisas todas. Fonte O Paraense 

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