segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Messi supera Neymar e Cristiano Ronaldo e é eleito o melhor jogador de futebol do mundo

Esta é a quinta vez que o argentino do Barcelona recebe o prêmio Bola de Ouro da Fifa

Da redação, com Estadão Conteúdo
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O argentino Lionel Messi, do Barcelona (Espanha), foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo de 2015 em votação realizada pela Fifa. O prêmio foi entregue nesta segunda-feira em Zurique, na Suíça.

Messi, que venceu o prêmio Bola de Ouro pela quinta vez, superou o brasileiro Neymar, também do Barcelona, e o português Criatino Ronaldo, do Real Madri, na grande final.

O argentino, que venceu quatro vezes seguidas entre 2009 e 2012, agora retorna ao topo depois de ser superado por Cristiano Ronaldo em 2013 e 2014.

Messi foi eleito como o melhor do mundo por 41.33% do colégio eleitoral, composto por capitães e técnicos de cada uma das seleções da Fifa e por um jornalista de cada país federado à entidade. Cristiano Ronaldo ficou em segundo pela quarta vez, repetindo 2009, 2011 e 2012. O português teve 27.76% dos votos. Neymar, finalista pela primeira vez, terminou em terceiro, com 7.86%.

"É muito bom voltar aqui depois de duas conquistas do Ronaldo. É incrível que seja a quinta. Vislumbrava isso quando eu era pequeno. Queria agradecer a todos que votaram em mim e aos meus colegas de equipe. Sem ele não seria possível", disse Messi ao receber o prêmio.

Se em 2013 Messi foi prejudicado por lesões e em 2014 Cristiano Ronaldo levou o Real Madrid ao título da Liga dos Campeões, no ano passado não houve o que atrapalhasse Messi, considerado o melhor jogador da sua geração, a ser novamente consagrado como o melhor do ano. Pelo contrário. Iniesta, Xavi, Neymar e Suárez só ajudaram o argentino a jogar em grande forma.

Só em 2015, Messi ganhou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei, a Liga dos Campeões, o Mundial de Clubes e a Supercopa da Europa. Só não levou a Supercopa da Espanha, vencida pelo Athletic Bilbao.

Se a premiação fosse a Chuteira de Ouro (entregue a artilheiros dos torneios da Fifa), ela ficaria com Cristiano Ronaldo, que anotou 54 em 52 jogos em 2015. Messi fez seis a menos - 48 -, em uma partida a mais. Diferentemente do português, entretanto, o argentino foi decisivo em momentos chaves da temporada. Fez gols nas finais do Mundial de Clubes, da Copa do Rei e da Supercopa da Europa. Também anotou o gol do título espanhol.

Os números de Messi ficam mais expressivos quando analisados em conjunto com os dos seus companheiros de ataque no Barcelona. O clube fechou 2015 com incríveis 180 gols, um recorde no futebol espanhol. Juntos, Messi, Neymar e Suárez, o ''Trio MSN'', anotaram 137, sendo 48 do uruguaio e do argentino e 41 do brasileiro. Ou seja: num momento em que ganhou companheiros para dividir os gols do Barça, Messi soube permanecer no topo, mantendo a média de gols, mas melhorando seu aproveitamento como assistente.

O único porém no ano de Messi é seu desempenho com a seleção da Argentina, ainda abaixo do esperado. Em 2015, a Argentina perdeu a decisão da Copa América para o Chile e, ao longo de todo o torneio, o atacante fez só um gol, de pênalti, e só deu assistências na goleada sobre o Paraguai. De resto, foi discreto.

Americana Carli Lloyd é eleita melhor jogadora do mundo

Campeã mundial com a seleção dos Estados Unidos, Carli Lloyd confirmou o favoritismo e recebeu nesta segunda-feira o prêmio de melhor jogadora do planeta, em Zurique, superando a japonesa Aya Miyama e a alemã Celia Sasic.

A atleta de 33 anos foi a artilheria da Copa do Mundo feminina, com os mesmos seis gols que Sasic, eliminada nas semifinais pelas americanas.

"É uma grande honra, a realização de um sonho. Agradeço a todos que votaram em mim e àqueles que me acompanham, Jill (Ellis, técnico da seleção americana) e todos os treinadores. Não seria a mesma sem minhas companheiras. É preciso 23 jogadoras para jogar uma Copa do Mundo", agradeceu Lloyd.

Lloyd também chegou a ser indicada para o Prêmio Puskas de gol mais bonito do ano, pela pintura do meio de campo na final contra o Japão (5-2), na qual balançou as redes três vezes. Ela fez parte das dez indicadas, em novembro, mas não ficou entre as três finalistas.

A americana sucedeu a duas alemães, Nadine Kessler (2014) e Nadine Angerer (2013).

Recordista de premiações, com as cinco Bolas de Ouro conquistadas, de 2006 a 2010, a brasileira Marta ficou fora da lista das indicadas pela primeira vez desde 2003.

Sem surpresas, quem foi eleita melhor técnica do ano no futebol feminina foi Jill Ellis, que levou a seleção americana de Lloyd ao título.

Única mulher entre os finalistas, Ellis superou os técnicos das seleções de Inglaterra e Japão, Mark Sampson e Norio Sasaki, respectivamente.

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