quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Senador denuncia cartas falsas sobre divisão do PA

                                        SENADOR Mozarildo Cavalcanti

Lembrando que desde 1983, quando se elegeu deputado pela primeira vez, já lutava pela transformação do então território de Roraima em estado, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) denunciou nesta quinta-feira (20) o envio de cartas falsas aos senadores em seu nome, tratando da redivisão do estado do Pará, uma demanda que, sublinhou, data de 1913. Mozarildo solicitou investigação à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF).

- A pessoa que escreveu essa carta não me conhece, cometeu erros grosseiros. A minha assinatura, essa pessoa sequer teve a curiosidade de ver como eu assino para imitar. Fez uma assinatura grosseira, escrevendo apenas "Mozarildo", de uma forma que nem sequer parece com a minha caligrafia - esclareceu em Plenário.

Mozarildo disse que defende "de maneira muito tranquila e aberta" a redivisão territorial não só do Pará, mas também do Amazonas e do Mato Grosso, pois totalizam mais de 50% do território brasileiro. Para o senador, não é possível pensar que desigualdades regionais podem ser eliminadas tendo "estados-latifúndios" com a capital distante das outras cidades.

- Quando assumi a minha cadeira aqui no Senado, em 1999, apresentei um Projeto de Decreto Legislativo [PDL] autorizando a convocação do plebiscito [sobre a redivisão territorial]. Doze anos depois, o Congresso aprovou o PDL que convoca o plebiscito, que será realizado em dezembro. Não está criando o estado do Tapajós; não está criando o estado do Carajás. Quem vai criar - se criar - vai ser a população do Pará, que vai dizer sim ou não - afirmou.

O senador assinalou que, antes da Constituição de 1988, a população não era consultada sobre redivisão territorial, como foi feito com o Mato Grosso, com a criação do estado de Rondônia e com os territórios do Amapá e Roraima. Agora, frisou, a população será ouvida de forma democrática e decidirá livremente o que deseja. Ele observou que a discussão sobre o assunto deveria ser feita de forma serena, educada, elevada. (Agência Senado)

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