CAIRO (Reuters) - A Irmandade Muçulmana do Egito realizou uma eleição interna em público pela primeira vez em sua história neste sábado, uma demonstração de abertura antes da eleição parlamentar de novembro.
O grupo, que é a força política organizada mais popular do país, foi proibido e frequentemente perseguido, mas em parte tolerado, durante os 30 anos de poder do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto por um levante em fevereiro.
A Irmandade costuma ser vista como o grupo mais bem preparado para a votação de novembro, no qual seu recém criado partido "Liberdade e Justiça" irá pleitear metade dos assentos da assembleia.
A eleição de sábado, à qual jornalistas foram convidados, pretende escolher substitutos para três autoridades seniores que se demitiram do órgão administrativo da Irmandade em abril para se unir ao Partido Liberdade e Justiça, que o grupo diz que será independente.
Os demitidos foram o líder do partido Mohamed Mursi, o vice-líder Essam Elarian e o secretário-geral Mohamed Saed Elkatatny. Eles foram substituídos por Abdel Azim Abou Seif, Mohamed Ahmed Ibrahim e Hossam Abou Bakr.
"As eleições que acontecem desta maneira aberta é um dos ganhos da abençoada revolução que permitiu liberdade de expressão e concedeu liberdade a todos os cidadãos egípcios, incluindo a Irmandade Muçulmana", declarou o guia do grupo, Mohamed Badie, em um discurso durante o evento em um hotel do Cairo.
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