terça-feira, 6 de julho de 2010

Militantes do MST presos em Curianópolis

No final da tarde de ontem (5), policiais militares à paisana prenderam três integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Curionópolis, sudeste do Pará. Para a coordenação estadual do MST, as prisões são demonstrações de que a Polícia Militar do Pará estaria submissa aos interesses de fazendeiros. A justificativa dada pelos policiais seria a de que os sem terra estariam cobrando cadastro de ocupação de terra.

No entanto, a coordenação estadual afirma que nenhum recurso financeiro foi encontrado com os integrantes do MST. Para o movimento, a prisão foi motivada pela insatisfação de fazendeiros da região.

Semana passada, segundo a coordenação estadual do MST, fazendeiros de Curionópolis repugnavam a ação de militantes do MST, que convidavam famílias de trabalhadores rurais sem terra a participar de uma mobilização no município.

Por sua vez os fazendeiros de Curionópolis encontram-se temerosos pela organização dos militantes do MST na região, tendo em vista que há duas semanas foi descoberta a utilização de trabalho escravo em cinco fazendas entre os municípios de Curianópolis e Parauapebas. Durante a fiscalização, realizada pelo Ministério Público do Pará, Ministério do Trabalho e Polícia Federal,havia homens, mulheres e crianças trabalhando em condições semelhantes à de escravidão.

Por telefone, um dos militantes preso informou a dirigentes do MST, em Marabá, que homens num carro descaracterizado, seguiram e vigiaram o grupo durante todo o dia, dando voz de prisão por volta das 18h da última segunda-feira (5).

O MST responsabiliza o governo do Estado do Pará e a Polícia Militar contra qualquer violência que seja cometida contra os militantes, já que as mobilizações não vão parar e, tampouco, o trabalho de convencimento com as famílias sem terra da região. (Diário do Pará)

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