sábado, 2 de maio de 2015

Edouard Zambeaux
 
Arafat dentro da caverna que usou como esconderijo, durante seu exílio na Jordânia. Abril 1969
Para analisar quem foi o homem que durante quase meio século percorreu o planeta com um turbante na cabeça e uma pistola no cinto, há que oscilar entre indagações extremas: destino individual ou destino coletivo, terrorista sanguinário ou negociador visionário, chefe de clã ou chefe de Estado. As respostas seriam: um e outro, dependendo da época. Com Yasser Arafat, a história contemporânea do povo palestino encontrou seu herói e seu vilão, mas também sua figura de proa.

Raramente um homem e uma causa estiveram tão ligados no século XX.
Para o melhor e para o pior, Arafat confiscou a causa palestina. É impossível dissociar sua vida de seu movimento político. Um movimento ao qual deu reconhecimento internacional, marginalizou por suas tomadas de posição aviltantes, conduziu em negociações corajosas ou imobilizou no meio do caminho de uma resolução do conflito israelo-palestino. Arafat, como a resistência palestina, é o sentido da história e o seu contra-senso.

O sentido da história, para Yasser Arafat, foi ter compreendido antes de todos que a causa que abraçava não poderia ser defendida pelos países "irmãos", terceirizada pelas outras nações árabes. Essa convicção, Abu Ammar - seu nome de guerra - adquiriu tão logo se iniciou nos combates. Nascera no dia 4 de agosto de 1929, no Cairo, mas se dizia nativo de Jerusalém, onde vivera, com um tio, entre os 4 e 7 anos, após a morte da mãe. Quando Ben Gurion proclamou a independência de Israel, em 14 de maio de 1948, Arafat abandonou a Universidade do Cairo para lutar contra os judeus. Nesse episódio conheceu seu primeiro revés, ao ser desarmado por exércitos árabes que se dirigiam ao jovem Estado para tentar transformá-lo em país natimorto.

O fracasso foi duplo. A título individual e também em termos militares. Israel rechaçou os ataques e entrou com tudo na geopolítica regional. Os dois inimigos acabavam de se conhecer. Arafat permaneceu dois anos na faixa de Gaza, para onde afluíam milhares de refugiados palestinos. Em seguida retomou os estudos de engenharia. Em 1952, sempre na Universidade do Cairo, ele debutou na política ao assumir a presidência da União dos Estudantes Palestinos. É nela que conheceu aqueles que foram, durante todo o período militar da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), seus mais fiéis colaboradores: Abu Iyad e Abu Jihad. Arafat já defendia a luta armada dos palestinos: é deles a missão de libertar seu "país". Sobre esse axioma, essa vontade de ser o único representante oficial da causa palestina, ele construirá todo o seu percurso e conseguirá legitimidade.

O memorável aperto de maõs com Yizhar Rabin, em Washington, setembro de 1993,
ao lado do então presidente Bill Clinton
Na época, pode-se dizer que a causa palestina não existia. A tal ponto que muitos negavam até mesmo a existência desse povo. O próprio movimento estudantil dirigido por Arafat ainda não estava emancipado da tutela do grande irmão egípcio. Em 1956, quando da crise de Suez, o jovem Arafat partiu para os combates no exército de Nasser. Esse ano marcou também o fim de seu engajamento no movimento estudantil: formou-se engenheiro de obras públicas. Depois da crise de Suez, Arafat e Abu Jihad intensificaram sua participação na luta armada contra Israel, coordenando a guerrilha em Gaza. Nunca foi esclarecido se Arafat estaria ligado nesse período à Fraternidade Muçulmana do islamita Hassan al-Banna. O governo do egípcio Gamal Abdel Nasser suspeitava de Arafat e o colocou na prisão por causa disso. Parece que Arafat era apenas um simpatizante dessa organização fundamentalista.

Autonomia distante

As ações bem-sucedidas eram escassas e sua visibilidade, praticamente nula. Na segunda metade dos anos 1950, a causa era principalmente a da "nação árabe", que o presidente egípcio adotou como bandeira. Arafat se exilou no Kuwait, em cuja capital fundou seu movimento, o Fatah, acrônimo invertido de Movimento para a Libertação da Palestina. Ao seu lado estavam Abu Jihad e Abu Mazen (Mahmoud Abbas, que foi seu sucessor à frente da Organização para a Libertação da Palestina).

A doutrina preconizava a libertação da Palestina pelos palestinos, mas foi preciso esperar 1961 e o fracasso formal da República Árabe Unida (RAU) para que suas teses aparecessem como "dignas de crédito". A noção de nacionalismo palestino ia de encontro aos interesses da maioria dos Estados da região. Além dos israelenses, que viam nele um inimigo, os egípcios, os jordanianos e os sírios não pretendiam abandonar suas prerrogativas e o poder de influência sobre a Palestina e seus habitantes. O primeiro combate foi, portanto, pelo reconhecimento dos países irmãos.

Chefe único

Rapidamente, porém, o Fatah se estruturou, e surgiu sua ala militar. Esta treinava inicialmente em Bagdá, no Iraque, e depois se ligou à Frente de Libertação Nacional argelina. A Liga Árabe reagiu ao surgimento do Fatah e decidiu criar seu próprio organismo. Assim, em maio de 1964, os países árabes ratificaram a criação da OLP - levada à pia batismal por Nasser - e de seu aparelho militar, o Exército de Libertação da Palestina. A direção da OLP foi confiada ao diplomata Ahmed Choukeiri. O ELP era formado por batalhões de palestinos integrados nos exércitos de diferentes países. A autonomia ainda estava distante. A luta por influência, entre as duas organizações palestinas, fora lançada. Ação militar para o Fatah, ação diplomática para a OLP, duas lógicas contraditórias, mas complementares.
Arafat lançou então, no começo de janeiro de 1965, suas tropas em operações de infiltração nos territórios ocupados para sabotagens. Do outro lado, os padrinhos da OLP não viam com bons olhos essa política do fato consumado. Nessa estratégia militar, Arafat, apoiado por Georges Habache, outro líder palestino, jogou pesado. Seus homens foram ameaçados pelos serviços especiais dos países árabes. O Fatah teve de obter armas e se proteger de seus "amigos" antes de poder realizar ações militares.

A situação permaneceu a mesma durante todo o ano de 1966. Hafez Assad, que tomou o poder na Síria, não quis mais saber do incontrolável Arafat. Ele preferiu Ahmed Jibril, que fundou a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Nesse período, as divisões internas minaram o movimento palestino. A estrepitosa derrota árabe na Guerra dos Seis Dias, em 1967, não melhorou as coisas. Os padrinhos egípcios e sírios perderam seu brilho. O Fatah se engajou com ímpeto na organização de uma resistência dentro das fronteiras, mas sem nenhum sucesso.

A esfera de influência palestina se deslocou um pouco mais com o surgimento da FPLP de Georges Habache, da FPLP-comando geral, de Ahmed Jibril, da Saika ou da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), de Naief Hawatmeh. A derrocada parecia próxima. A única boa notícia para Arafat era que Ahmed Choukeiri, seu rival direto, pediu demissão da direção da OLP, na qual entraram as organizações armadas. Rapidamente, Arafat tomou o comando da organização e, em 1969, se tornou presidente do comitê executivo.

Ele se beneficiou, nessa luta pelo poder, do crédito que lhe deu a mítica, quase mitológica, batalha de Karameh, vencida em 21 de maio de 1968, sobre o exército israelense. Longe de representar um sucesso brilhante, esse episódio militar tornou-se a "prova" de que o exército israelense não era invencível. Com a aura dessa vitória, no V Congresso Nacional Palestino, celebrado no Cairo entre 2 e 4 de fevereiro de 1969, Arafat se tornou enfim o único chefe. Agora ele podia tentar pôr em prática a estratégia e reunir as facções. Georges Habache, seu antigo aliado e nesse momento concorrente, se recusou a reconhecer o poder de Arafat e de tomar parte na direção da OLP. As divergências cresceram no ano seguinte. Cada grupinho da OLP fazia o seu próprio jogo.
A posição dos palestinos na Jordânia não cessava de se deteriorar. O rei Hussein se sentiu ameaçado por esse Estado dentro do Estado que os palestinos representavam. As relações se crispam e o desvio de três aviões de passageiros para o aeroporto de Zarka, na Jordânia, realizado por homens de Habache, consumou o rompimento: Hussein não desejava mais ver a central palestina em seu território. Além disso, a OLP se recusava a aderir ao Plano Rogers, primeira tentativa americana de resolução do conflito, com apoio da Jordânia e do Egito.

Triunfo inesperado

Em 1970, o exército jordaniano voltou suas armas contra os palestinos divididos: o resultado foi um banho de sangue. Os mortos lotavam os campos de refugiados. Menos de um ano depois, a OLP estava fora da Jordânia. Arafat foi considerado responsável pelo desastre. No entanto, ele conseguiu se manter no posto e instalou-se no Líbano. Os palestinos se lançaram numa escalada terrorista, especialmente com a organização Setembro Negro, que se tornou tristemente célebre com o assassinato de atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. A esse tipo de ação se seguiram seqüestros de aviões, e nada permitia entrever uma esperança no seio do movimento palestino. A Guerra do Yom Kippur, em outubro de 1973, não melhorou a situação.

Entretanto, no fim desse ano, Arafat obteve um triunfo diplomático inesperado junto a seus pares: a conferência de cúpula da Liga Árabe, que aconteceu em Argel, reconheceu o direito da OLP de representar o povo palestino. Essa decisão foi oficializada um ano mais tarde. A organização pôde então entrar na cena diplomática.

O ano de 1974 foi o primeiro da existência internacional da OLP. Durante esse período, Arafat fez sua primeira viagem oficial à URSS, foi recebido no Egito e confortado pelos Estados islâmicos e pela Liga Árabe. Ele recebeu o apoio da Arábia Saudita, obteve o direito de enviar observadores à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), encontrou o ministro das Relações Exteriores da França em Beirute. No dia 13 de novembro de 1974, Yasser Arafat - "com o fuzil em uma mão e um ramo de oliveira na outra", segundo suas próprias palavras - fez um discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York.
Era a consagração diplomática desse homem que em cinco anos conseguira tomar as rédeas do movimento palestino e impor sua estratégia, qualificada como moderada.

Negociações secretas

Outros êxitos foram somados, nesse ano de 1976: em janeiro a OLP foi admitida nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio. Em Israel, os candidatos da OLP aos pleitos municipais representavam nada menos que 80% dos eleitos. Arafat resolveu começar as primeiras negociações secretas com os israelenses, em Paris. De um lado, Issam Sartaoui, alguém próximo do líder palestino; de outro o general Matityahou Peled e Oury Avnery, futuro deputado e dirigente do Goush Shalom ("bloco da paz"). Essas conversas informais continuaram durante vários anos e permitiriam, em 1983, um encontro público de Arafat com dois emissários israelenses.

A reunião sacudiu o movimento palestino e a opinião pública israelense. Era uma iniciativa no mínimo corajosa da parte de Arafat. Seus opositores cobraram caro por isso. Algumas semanas depois da reunião histórica, Issam Sartaoui foi assassinado em Portugal, por homens de Abu Nidal, enquanto representava a OLP no congresso da Internacional Socialista. Outros abalos já haviam ocorrido, como a visita de Anuar Sadat a Jerusalém, em 1977, seguida, em 1978, dos acordos de Camp David entre Egito e Israel, que provocaram uma nova ruptura entre a OLP e o poder egípcio.

Nesse período, a organização palestina foi obrigada a abandonar sua última base, o Líbano. A 6 de junho de 1982, sob o comando de Ariel Sharon, o exército israelense lançou a operação Paz na Galiléia e invadiu o Líbano. O cerco de Beirute, os massacres dos campos de Sabra e Chatila emocionaram a opinião pública internacional. Quando os palestinos deixaram a capital libanesa, no fim de agosto de 1982, e assim que os últimos combatentes, cercados pelos sírios, deixaram Trípoli, no norte do país, no fim de 1983, sob proteção da marinha francesa, sua causa conquistou simpatias. Saíram como derrotados, mas com honras. Entretanto, o movimento palestino perdeu contato com "sua" terra. Exatamente o que Arafat sempre evitou.

Reclusa na Tunísia, a OLP tomou o aspecto de governo no exílio. Só apareceu na cena internacional ao sabor das operações terroristas, de bombardeios em represália ou de ataques realizados pelo exército israelense, que investia regularmente contra ela até no refúgio de Túnis. Até 9 de dezembro de 1987 a causa palestina retornou ao primeiro plano. Pedras contra armas automáticas: assim a resistência palestina abriu uma nova era na luta pelo reconhecimento nacional. A primeira Intifada escapou ao controle da OLP, mas gerou uma onda de simpatia quase universal. Na gigantesca favela que se tornaram os 370 km² da faixa de Gaza, meninos enfrentam com pedras um dos mais temíveis exércitos do mundo.
Em seguida, as coisas se sucederam com rapidez. A 31 de julho de 1988, o rei Hussein proclamou que "a Jordânia não é a Palestina, e o Estado palestino será estabelecido em territórios palestinos ocupados, depois de sua libertação". A OLP se tornou o único interlocutor de Israel. Trinta anos de combate para se emancipar completamente da embaraçosa solidariedade árabe. Arafat alcançou um triunfo incontestável. No fim do ano, realizou algo impensável. Pela primeira vez, durante o XIX Congresso da OLP, ele reconheceu de fato as resoluções 181, 242 e 388 do Conselho de Segurança da ONU ao proclamar a criação de um Estado na parte "libertada" da Palestina. Isso significou também o quase reconhecimento de Israel.

Prisioneiro do poder
Em 1991, a Guerra do Golfo piorou a situação. Arafat apoiou Sadam Hussein, que seis meses antes invadira o Kuwait, afastando-se de todos os países produtores de petróleo da região. Erro moral, erro político, erro diplomático. Arafat foi banido pela comunidade internacional. Mas a Intifada prosseguiu com o surgimento de um concorrente. O Hamás, criado em 1988 pelo xeque Ahmed Yassin, representante da Fraternidade Muçulmana, começou a tirar partido de sua implantação e de sua ação social em prol da população. A tendência islâmica irrompe na cena política palestina, até então laica.

Após a Guerra do Golfo, as primeiras negociações começaram em Madri. Não alcançaram êxito. Na sombra, rapidamente, depois das eleições israelenses de 1992 que levaram Yitzhak Rabin ao poder, um novo episódio foi escrito. Outra reunião teve lugar, dessa vez na Noruega. Em Oslo, na mesa de negociações, há personalidades com responsabilidades: do lado israelense, Yossi Beilin, um dos altos cargos do ministério das Relações Exteriores. O poder político israelense orquestra sua manobra. Ela terminará em Washington, no gramado da Casa Branca. Yitzhak Rabin e Yasser Arafat apertaram as mãos em 13 de setembro de 1993, o que lhes rendeu um prêmio Nobel da Paz. Ela permitiu a Yasser Arafat atravessar a faixa de Gaza como chefe de Estado no dia 1o de julho de 1994, data da criação do primeiro governo autônomo, a Autoridade Palestina. Era a consagração. A euforia durou pouco. O mapa da Palestina que se esboçava tinha aspecto de um tricô roído por traças. Nenhuma continuidade territorial existia entre a faixa de Gaza, o Mediterrâneo e a Cisjordânia a leste. As colônias israelenses não foram desmanteladas, o terrorismo prosseguia. E os ressentimentos ressurgiram.

O poder palestino sofreu um desvio autocrático, enquanto a sociedade israelense se radicalizava devido aos sucessivos fracassos nas negociações. Benjamin Netanyahu e depois Ariel Sharon - cuja visita à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém foi o estopim da segunda Intifada no ano 2000 - romperam o início de confiança que fora instalado com Rabin - e depois com Ehud Barak.
Arafat se recolheu, assediado. Pelos islâmicos, do Hamás ou da Jihad islâmica - outra organização radical - no plano interno, e pelo Exército israelense que confinou o velho e cansado líder nas ruínas de seu "palácio" em Ramallah. Prisioneiro da recusa em abandonar o posto, do desejo de seguir controlando o aparato de segurança e as finanças de seu Estado embrionário, Arafat desempenhou apenas o papel de espantalho até morrer em 11 de novembro de 2004. Hoje, a questão é saber qual dos grupos islâmicos ou democratas conseguirá reconstituir a unidade do povo palestino. Este ainda não teve a oportunidade de provar os frutos de um combate que já dura mais de cinco décadas.

Os palestinos, em escalada terrorista, chegaram a extremos, com o ataque da organização Setembro Negro a atletas israelenses na Olimpíada de Munique

A primeira Intifada, na gigantesca favela em que se transformou a faixa de Gaza, escapou ao controle da OLP, mas gerou uma onda de simpatia quase universal.

-Tradução de Alexandre Agabiti Fernandez

Cronologia

1929, 4 de agosto
Nasceu no Cairo

1952
Presidente da União dos Estudantes Palestinos

1958
No Kuwait, fundou o Fatah

1969, 2 a 4 de fevereiro
V Congresso Nacional Palestino, no Cairo; tornou-se o único chefe do movimento

1974, 13 de setembro
Líder da OLP, ele se consagrou ao pronunciar um discurso na ONU, em Nova York

1987
A primeira Intifada: o enterro de três operários palestinos da faixa de Gaza

1988, 15 de novembro
Proclamou o nascimento de um Estado palestino independente

1993, 13 de setembro
Histórico aperto de mãos entre Rabin e Arafat, em Washington, sob o olhar do presidente Clinton

1994, 1o de julho
Voltou a Gaza, formando o primeiro governo autônomo, a Autoridade Palestina

2000
As reuniões de Camp David, com Barak e Arafat

2004, 29 de outubro
Deixou Ramallah, com destino à França, para tratamento médico

2004, 11 de novembro
Morreu no hospital Percy, em Clamart (França)

Glossário

Setembro Negro: organização terrorista, responsável pelo assassinato de atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Intifada: hoje um movimento de resistência com estrutura, começou como uma reação espontânea, gravada para sempre em imagens de jovens e crianças atirando pedras contra tanques de guerra israelenses.

Guerra dos Seis Dias: eclodiu em 5 de junho de 1967, com um ataque de Israel a bases aéreas egípcias, jordanianas e sírias; exemplo claro de guerra-relâmpago, em que o atacante conseguiu uma vitória acachapante (ocupação da península do Sinai, das colinas de Golan, de Jerusalém e da faixa de Gaza); o cessar-fogo aconteceu no dia 10, com interferência da União Soviética.

Guerra do Yom Kippur: em 1973, um confronto entre Israel, de um lado, Egito e Síria, do outro; esses dois países, diante das conquistas do inimigo na Guerra dos Seis Dias, atacaram igualmente de surpresa no feriado judeu do Dia do Perdão, o Yom Kippur; o revide foi imediato.

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