SÃO PAULO - O deputado e pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) afirmou nesta quinta-feira, 21, em
entrevista à Rádio Estadão, que não vai renunciar "de maneira
alguma" a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Por outro lado, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
classificou como "insustentável" a situação do colegiado, que está em guerra
desde a eleição do pastor como presidente. Alves prometeu uma solução para o
caso até terça-feira. Ele tem cobrado do PSC a saída de Feliciano do cargo, mas
o pastor se recusa a renunciar.
"Do jeito que está se tornou insustentável a situação. Eu asseguro que será
resolvida até terça-feira da semana que vem", afirmou Alves. Ele disse ainda que
o clima de "radicalização" não pode ser aceito na Casa e assumiu a
responsabilidade por encontrar uma saída para o impasse. "Agora passou a ser
também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados".
Ao Estado, Feliciano minimizou os protestos dos quais tem
sido alvo, que o acusam de ter posturas homofóbicas e intolerantes, e disse
representar "mais de 50 milhões de evangélicos diretamente, mais um sem-número
de pessoas e de famílias que têm a mesma visão que eu".
Na quarta-feira, 20, o pastor foi alvo de manifestantes teve que deixar o
local após oito minutos de sessão. Ele minimizou a presença dos ativistas, a
quem definiu como "vinte e poucas pessoas gritando, promovendo bagunça, dizendo
que estavam ali para tumultuar" e afirmou que "isso não vai acontecer mais".
Feliciano que é "praxe" o presidente da Comissão se retirar em sessões que
promovem audiências públicas e afirmou que a imprensa foi "sensacionalista" ao
divulgar o fato.
Estelionato. Em relação ao processo por estelionato a que
responde no Supremo Tribunal Federal - ele teria recebido R$ 13 mil por um culto
que não ministrou no Rio Grande do Sul - Feliciano afirmou já ter depositado em
juízo o valor, com juros, e se disse vítima de uma tentativa de extorsão.
"Eu adoeci, não pude ir. (..) Minha equipe ligou e eles disseram que iam
remarcar o evento. Ficamos aguardando remarcar e o evento não foi remarcado.
Quando tentamos entrar em contato, já haviam feito um processo gigantesco, quase
uma extorsão, pedindo um milhão de reais", afirmou.
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