quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UFPA - Universidade Federal do Pará

               Evento debate a divisão do Pará
Às vésperas do Plebiscito, que vai definir se a população do Pará quer ou não a divisão do Estado, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (ADUFPA) promoveu, na tarde desta quarta-feira, 23, um debate envolvendo a comunidade acadêmica. O evento ocorreu no anfiteatro do Complexo Recreativo Universitário Vadião, com a presença de servidores e estudantes da UFPA.
 O debate contou com a presença do professor doutor Aluisio Leal, economista, defensor da não divisão do Estado do Pará, e o deputado estadual José Maria, do Partido dos Trabalhadores (PT), defensor da divisão. O deputado José Salame, do Partido Popular Socialista (PPS), que também participaria do evento, comunicou à organização que não poderia estar presente.
 Projeto popular ou de poder? - Para o professor Aluisio Leal, este debate é importante, pois as discussões precisam ser intensificadas entre as camadas populares, e “na academia, há pessoas oriundas dos segmentos populares”.  Segundo ele, “os debates trazem à luz uma questão fundamental, como entender o porquê dessa proposta, o que motivou essa consulta popular”, avalia o economista.  Ele ressalta, também, que a discussão mais correta é entender “se o plebiscito é um projeto popular ou um projeto de poder, e não somente optar em votar no sim ou no não.”
 Para o Deputado Jose Maria, defensor do “sim”, o debate serve para informar aos participantes questões reais que motivaram a mobilização das três frentes concorrentes. “É importante que a sociedade paraense esteja ciente das reais questões que motivaram a existência desse Plebiscito, o que leva algumas pessoas a defenderem a criação dos Estados do Tapajós e do Carajás e, também, quem defende a permanência da totalidade do Estado”, comentou o deputado.
 Democracia - O professor do Programa de Pós- Graduação em Economia e membro da ADUFPA, Gilberto Marques, aponta que a ideia da Associação em promover este debate é colocar na mesa as duas posições e confrontá-las em um ambiente democrático, com tempos iguais e suficientes para que ambos possam expor seus pontos de vista.
No anfiteatro, muitos estavam curiosos para ouvir as posições dos debatedores. Um deles era o professor de Geografia, da rede pública de ensino, Expedito Carlos. “O debate é importante porque tenta mobilizar a sociedade sobre a discussão, e nada melhor que esta oportunidade para esclarecer os pontos principais sobre as duas visões”, afirmou Expedito. Ele ressalta a importância do professor na orientação dos alunos sobre o assunto. “O professor tem um peso muito importante para orientar os alunos e não influenciá-los na escolha do 'sim' ou 'não', mas deixá-los a par de todo o processo.”

Texto: Helder Ferreira – Assessoria  de Comunicação da UFPA
Quinta-feira, 24 de Novembro de 2011

4 comentários:

neto disse...

dividindo seu nome será..junior vale do rio doce....acordemmmm
a miséria vai aumentar com a divisão, está sendo patrocinada por uma quadrilha de gatunos....

nao a divisão 55 e 55

neto disse...

dividindo seu nome será..junior vale do rio doce....acordemmmm
a miséria vai aumentar com a divisão, está sendo patrocinada por uma quadrilha de gatunos....

nao a divisão 55 e 55

Vagner Jeger Limeira de Castro disse...

Não há ideias a confrontar. Todos os Estados criados no Brasil a partir de outras unidades federativas deram certo. Somente da antiga Capitania de São Vicente, fundada em 1532, emanciparam-se 10 novos Estados e mais São Paulo, os quais estão entre os mais ricos e poderosos do Brasil.Sairam de São Paulo, MG(1729), RS e SC (1738), Goiás (1744), Mato Grosso (1748) e Paraná (1859).Total: 06 Estados, sendo o primeiro, o terceiro, o quarto, o quinto mais ricos do país. Dos seis advindos dos rebentos de São Paulo, surgiram ainda o DF (1960), a maior renda per capita, Rondônia (1970)em franco desenvolvimento, agora com duas das maiores hidrelétricas do país, Mato Grosso do Sul (1977) e Tocantins (1988). Do próprio Grão-Pará, já emergiram o Amazonas (1854), Amapá (1988) e Roraima (1988). Se Tapajós e Carajás tivessem sido criados em 1763 quando foram propostos pela Comissão da Carta Geográfica do Império do Brasil, hoje estariam entre os Estados mais ricos do país, juntamente com Marajó, Tumucumaque e Madeira, todos previstos pelo referido projeto do Marquês de Pombal.Além do próprio Pará que seria uma potência com R$ 200 bilhões de PIB. Portanto, toda essa encenação rídicula dos conservadores empedernidos não passa de manobra sórdida para se contrapor aos desígnios da história e impedir a melhoria da qualidade de vida da população excluída do Pará em maioria esmagadora.

Viajante sem tempo disse...

O Brasil esta dividido em mais de 5000 municipios, e as diferenças regionais permanecem, mesmo dentro de estados pequenos e cujas capitais sao proximas. As pretençoes separatistas de Santarem sao centenaria, e as de Marabá bem recentes. Se querem ser estados , que apresentem propostas poporcionais aos tamanhos de suas populaçoes. O que estao pretendendo é apoderar-se dos comodos maiores e ceder a casinha de cachorro para o antigo dono morar.Isso lá tem cabimento? É puro deboche e aventura irresponsavel!