Parentes, namoradas e amigos do Paysandu e da terra natal, Barra de São Miguel, na Paraíba. Assim se resume a lista de funcionários que estiveram lotados no gabinete do ex-deputado José Robson Nascimento, o Robgol (PTB), na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A lista, datada de 28 de agosto de 2008, foi cedida com exclusividade a O LIBERAL pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL). Ele é autor da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende apurar o escândalo de desvio de recursos naquela Casa. Na lista de 39 funcionários do antigo gabinete de Robgol, apenas seis davam expediente no local todos os dias, enquanto os outros só iam receber o salário no final do mês. Ainda, a lista traz 11 parentes, cuja maioria vive em Barra de São Miguel. O presidente da torcida organizada Raça Bicolor, Domingos Coelho, e pessoas ligadas ao ex-goleiro do time, Willis Dias, o "Ronaldo", também entraram para a folha da Alepa.
A lista mostra que Robgol não esqueceu as origens enquanto esteve na Alepa. A mãe dele, Maria Amélia da Costa Pinto; os irmãos José Marcos Nascimento, Maria Robervânia Matias Lima Nascimento e Maria Margarete Nascimento Silva; os primos Alan Kennedy da Silva Neves, Maria Mauriceia Barbosa Nascimento e Romero Pereira da Silva; a cunhada Jucimara Henrique do Nascimento; as sobrinhas Kelly Karina Nascimento Silva e Jurema Karla Ferreira Lima estão na lista de funcionários, além de Francisco Luzinor Araújo e Francisco Neuzitor Lima Araújo, que são irmãos entre si e um deles é cunhado do ex-artilheiro. Antônio José Silva e Silva também é apontado como parente dele.
Os cargos destinados ao nepotismo variavam entre secretário parlamentar 01, que correspondia na época à remuneração de um salário mínimo (R$ 515), até secretário parlamentar 15, com salário de R$ 4.284. Os cargos mais elevados ficavam com a mãe, os irmãos, a cunhada Jucimara e o primo mais chegado, Romero Ferreira da Silva. A babá da filha do ex-deputado Maria Virgínia de Carvalho Bezerra também está na folha com cargo de secretária parlamentar 01. Nenhum deles comparecia ao serviço até porque a maioria sempre viveu no interior da Paraíba, conforme já havia antecipado o Ministério Público do Estado (MPE), que apura desvio de recursos na Alepa.
ENIZE VIDIGAL
Da Redação
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