terça-feira, 17 de agosto de 2010

Elvis Presley não morreu

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A prova é que até hoje, quando se completam 33 anos sem o rei do rock, milhares de covers do artista pelo mundo continuam mantendo a lenda viva. Em Belém, Hely Júnior faz show tributo na próxima quarta-feira.

Alexandra Cavalcanti

Da Redação
Assim que ganhou projeção, nos anos 50, o jovem bonito de olhos claros tornou-se uma verdadeira sensação internacional. Seu som e estilo sintetizavam suas diversas influências, ao mesmo tempo em que ameaçavam a sociedade conservadora e repressiva da época. Era um branco, mas dançava e cantava como negro. Elvis Presley foi sem dúvida um dos maiores artistas de todos os tempos. Mesmo após a sua morte, há exatos 33 anos, continua sendo o artista solo com maior número de 'hits' nas paradas mundiais, além de recordista em vendas de discos. É para celebrar a saudade do ídolo que o cover paraense do astro Hely Júnior, mais conhecido como o 'Elvis da Amazônia' apresenta na próxima quarta-feira, dia 18, o show 'Tributo ao Rei', às 20h, no Teatro Margarida Schivazappa, do Centur. O evento marca também os 15 anos de carreira do músico.
Aos 37 anos de idade, Hely não lembra da repercussão da morte do ídolo no ano de 1977. Tudo o que sabe leu em revistas e viu nos filmes sobre a vida do cantor. 'Quando ele morreu eu era muito pequeno. Mas lembro bem da primeira vez em que o vi. Tinha uns seis para sete anos e foi através de um long play. Fiquei encantado com o jeito que ele dançava e como se vestia. Perguntei a minha mãe quem era ele e ela me respondeu que era o Rei do Rock', lembra.
A partir daí, a paixão pelo ídolo só aumentou. A oportunidade de mostrar tudo o que aprendeu sobre o rei e a habilidade em imitar a sua voz só aconteceu em 1995. 'Foi numa quinta-feira, 10 de agosto, na casa de shows Lapinha. Fomos conversar com o Alencar (então proprietário do espaço) e ele aceitou na hora, sem nem olhar a fita que tínhamos levado. Apesar do nervosismo, foi muito legal, a reação das pessoas foi impressionante', recorda.

Quinze anos depois, Hely pretende comemorar a data e relembrar os melhores momentos do ídolo. No show fará um apanhado das décadas de 50, 60 e 70, incluindo a versão rock in roll e as baladas românticas de Elvis. 'Na verdade foi muito difícil escolher o repertório, porque o Elvis tem um universo de canções bastante vasto. Por isso, decidimos selecionar as músicas que o público mais pede durante nossas apresentações. Não vão faltar hits como 'Love me Tender', 'Kiss Me Quick', 'It’s Now Or Never', 'Bridge Over Troubled Water', entre outros. Tudo será registrado em DVD para divulgação posterior. Particularmente, Hely acredita que a melhor fase do músico está no início dos anos 70 até sua morte em 1977. 'Com certeza essa foi a época do auge de sua carreira, quando ele cantou sucessos como Love me Tender', acredita.
Os anos 70 de fato trouxeram ao cantor um amadurecimento cênico e vocal, logo reconhecido pela crítica. As temporadas em Las Vegas apresentaram as mudanças radicais em repertório, bem mais versátil e atualizado para a época. Seus shows continuavam eletrizantes, porém bem mais elaborados. Na ocasião, Presley chegou a fazer seis shows no Astrodome, em Houston, com um recorde de público reunindo 43 mil pagantes na quarta apresentação.
Além dessa fase de 'ouro' do músico, o cover paraense destaca também uma outra faceta de Elvis, muitas vezes esquecidas pelo grande público. 'Ele era um rapaz que frequentava a Igreja, por isso tinha um repertório golpel muito interessante. Muita gente me cobra essa versão do Elvis no meu show e pretendo ainda preparar algo sobre isso'.
MISTÉRIOS
O Rei do Rock morreu na noite de 16 de agosto de 1977, aos 42 anos, em sua mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee. Relatos contam que o cantor teria se levantado para ir ao banheiro e a partir daí pouco se sabe o que realmente teria ocorrido. Elvis só foi encontrado morto às duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden. O corpo foi encaminhado ao hospital 'Memorial Batista', onde o óbito foi atestado.
A morte de Elvis provocou uma comoção mundial poucas vezes vista. Fãs se aglomeraram em frente à mansão do astro. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório ocorreu no dia 17. Alguns fãs puderam ver o caixão por aproximadamente quatro horas.
No dia 18 de agosto foi realizada uma cerimônia para familiares e amigos, onde se ouviu um repertório de canções gospel cantadas pelo grupo vocal 'Stamps' e pela cantora Kathy Westmoreland, que fizeram parte da banda musical de Elvis na década de 70. Após a cerimônia, todos foram levados até o cemitério em limusines. Em seguida o corpo de Elvis foi enterrado.

No palco do Schivasappa, os vocais de Hely serão acompanhados pelos músicos Gallo Page (guitarra), Betinho Taynara (baixo) e João Ricardo (bateria). Para se aproximar dos shows apresentados por Elvis, acompanhado por orquestra, Betinho - responsável pela produção musical do espetáculo - optou por acrescentar os teclados de Lenilson Albuquerque e Rodrigo Camarão, além dos backing vocals de Joba e Suelene.
O músico pretende contar um pouco da trajetória de seu ídolo para a plateia. 'Como sempre costumo fazer em minhas apresentações, vou fazer comentários sobre a vida dele e curiosidades sobre as músicas cantadas. Será um show para fãs e também para aquelas pessoas que apreciam boa música ou querem conhecer mais sobre a vida do Rei do Rock', antecipa.
Serviço
Show 'Tributo ao Rei', com Hely Júnior e Banda. Dia 18, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur. Hora: 20h. Vendas de ingresso antecipados através dos telefones: (91) 8274-4405 e 9987-5028 e no dia do show na bilheteria do teatro.



Fonte:  o liberal

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